Brasília – O diretor de Relações com Investidores da Eletrobras, Armando Casado, disse nesta quarta-feira, 20, que a companhia está aguardando a publicação do decreto presidencial sobre a renovação das concessões das distribuidoras de energia para avaliar o que vai fazer com as empresas que fazem parte do grupo. “Assim que saírem as condições vamos avaliar as alternativas”, disse Casado após participar de audiência pública na Comissão de Minas e Energia, da Câmara.
O executivo lembrou que o estudo contratado pela companhia com o banco Santander prevê seis alternativas sobre a estratégia que será adotada para as distribuidoras, que vão desde a venda de participação total, manutenção de participação minoritária, venda em conjunto ou em separado, entre outras.
Casado disse que todas as empresas do setor de energia têm interesse nas distribuidoras da Eletrobras, pois a rentabilidade desse segmento se dá, principalmente, por ganhos de escala. Ele lembrou ainda que recentemente a distribuidoras do grupo Eletrobras foram conectadas ao Sistema Interligado Nacional, o que permite melhores condições na negociação de contratos de energia
Celg-D
Segundo Casado, a venda do controle da distribuidora de energia Celg-D não vai gerar receitas extras para o governo federal neste ano. O executivo diz que mesmo que a estatal consiga vender o controle da distribuidora neste ano, a receita da venda só poderá gerar dividendos para os acionistas da Eletrobras, entre eles, a União, em 2016. Além dos dividendos, a venda também pode gerar uma arrecadação de imposto de renda de CSLL, mas também com resultados apenas em 2016.
Casado disse ainda que a Eletrobras já criou um grupo de trabalho para operacionalizar o processo de venda do controle da empresa. O executivo destacou que a companhia tem 18 meses para se desfazer do controle da Celg-D após a publicação do decreto de renovação das concessões.
(Estadão Conteúdo)
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