19 de novembro de 2024
Brasil

Eleitor reprova Temer, mas ele tem avaliação melhor que Dilma

Michel Temer, presidente do Brasil: Avaliação pessoal é reprovada, mas tem índice melhor que Dilma (Foto Lula Marques)
Michel Temer, presidente do Brasil: Avaliação pessoal é reprovada, mas tem índice melhor que Dilma (Foto Lula Marques)

Os resultados da 131ª Pesquisa CNT/MDA mostram melhor avaliação do governo Michel Temer na comparação com o de Dilma Rousseff. Entretanto, ainda há elevado percentual de indecisos na percepção sobre o atual governo. Segundo a pesquisa, a avaliação do governo do presidente interino Michel Temer é positiva para 11,3% dos entrevistados, contra 28,0% de avaliação negativa. Para 30,2%, a avaliação é regular e 30,5% não souberam opinar.

Por outro lado, o desempenho pessoal do presidente interino tem índice maior de reprovação, segundo a pesquisa CNT/MDA. A aprovação atinge 33,8% contra 40,4% de desaprovação. E 25,8% não souberam opinar.

• Eleição presidencial 2018

O Ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva lidera a intenção de voto espontânea, mas perde em algumas simulações de segundo turno. Pela primeira vez, o nome de Michel Temer foi incluído, mas o atual mandatário não aparece com bons índices.

1º turno: Intenção de voto espontânea

Lula: 8,6%
Aécio Neves: 5,7%
Marina Silva: 3,8%
Dilma Rousseff: 2,3%
Michel Temer: 2,1%
Jair Bolsonaro: 2,1%
Ciro Gomes: 1,2%
Geraldo Alckmin: 0,6%
Joaquim Barbosa: 0,6%
José Serra: 0,3%
Outros: 1,7%
Branco/Nulo: 16,7%
Indecisos: 54,1%

1º turno: Intenção de voto estimulada

A pesquisa CNT/MDA aponta a preferência do eleitorado brasileiro por Luís Inácio Lula da Silva quando são apresentados os nomes dos possíveis candidatos e perguntado em qual deles o eleitor poderia votar. No cenário 1, Lula aparece na liderança com 22%. Veja os números:

Lula 22,0%

Aécio Neves 15,9%

Marina Silva 14,8%

Ciro Gomes 6,0%

Jair Bolsonaro 5,8%

Michel Temer 5,4%

Branco/Nulo: 21,2%

Indecisos: 8,9%

No cenário 2, sem Aécio Neves pelo PSDB e com a inclusão de Geraldo Alckmin quem cresce é a ex-senadora Marina Silva (16,6%). O governador de São Paulo tem desempenho pior do que Aécio, no cenário 1. Veja os números:

CENÁRIO 2:

Lula 22,3%

Marina Silva 16,6%

Geraldo Alckmin 9,6%

Ciro Gomes 6,3%

Michel Temer 6,2%

Jair Bolsonaro 6,2%

Branco/Nulo: 24,0%

Indecisos: 8,8%

 

2º turno: Intenção de voto estimulada

As simulações de segundo turno apontam vantagem para Luís Inácio Lula da Silva em apenas um cenário, contra Michel Temer. Ele fica atrás, inclusive, de Aécio Neves num hipotético confronto direto, e também, de Marina Silva. Veja os números:

CENÁRIO 1: Aécio Neves 34,3%, Lula 29,9%, Branco/Nulo: 28,8%,
Indecisos: 7,0%

CENÁRIO 2: Aécio Neves 32,3%, Michel Temer 15,8%, Branco/Nulo: 42,2%,
Indecisos: 9,7%

CENÁRIO 3: Aécio Neves 29,7%, Marina Silva, 28,0%, Branco/Nulo: 34,6%,
Indecisos: 7,7%

CENÁRIO 4: Lula 31,7%, Michel Temer 27,3%, Branco/Nulo: 33,4%,
Indecisos: 7,6%

CENÁRIO 5: Marina Silva 33,7%, Michel Temer 20,9%, Branco/Nulo: 37,0%,
Indecisos: 8,4%

CENÁRIO 6: Marina Silva, 35,0%, Lula 28,9%, Branco/Nulo: 30,0%,
Indecisos: 6,1%

• Governo Michel Temer

Comparação governos Temer e Dilma

54,8% disseram que o governo de Michel Temer está igual ao de Dilma Rousseff e que não se percebe nenhuma mudança no país. Para 20,1%, está melhor, por já perceberem mudanças positivas no país. Outros 14,9% acreditam que está pior e que as mudanças feitas pioraram as condições do Brasil. Além disso, para 46,6%, a corrupção no governo Michel Temer será igual ao do governo Dilma Rousseff. 28,3% acreditam que será menor e 18,6% consideram que será maior.

Ações prioritárias (medidas que devem ser adotadas)

Gerar emprego: 57,0%
Melhorar a saúde: 41,4%
Combater a corrupção: 30,6%
Melhorar os resultados da economia: 24,7%
Reduzir gastos do governo: 15,5%
Melhorar a segurança: 14,8%
Fazer reformas: 6,8%

Reformas mais importantes para o Brasil

Trabalhista: 35,0%
Política: 31,7%
Tributária: 9,4%
Judiciária: 8,5%
Previdenciária: 8,4%

• Impeachment

62,4% defendem que foi correta a decisão pelo afastamento de Dilma Rousseff do cargo, tomada pelo Congresso Nacional. 33,0% acreditam que a decisão foi errada e que ela não precisava ter sido afastada.

Para 61,5%, o processo de impeachment foi legítimo, contra 33,3% que avaliam que não foi. Ao final do julgamento de Dilma Rousseff, 68,2% acreditam que ela será cassada e Michel Temer permanecerá na presidência. Já 25,3% pensam que Dilma reassumirá o cargo de presidente.

45,6% dos entrevistados consideram que o processo de impeachment fortalece a democracia brasileira, contra 34,3% que avaliam que enfraquece.

Causas para o impeachment: Sobre as causas que motivaram o processo, 44,1% citam a corrupção no governo federal. 37,3% atribuem à tentativa de obstrução da operação Lava Jato e 33,2% opinam que foram as pedaladas fiscais.

Antecipação das eleições: Para 50,3%, a eleição para presidente marcada para 2018 deveria ser antecipada para este ano. 46,1% consideram que a eleição não deve ser antecipada.

• Lava Jato e corrupção

89,3% têm acompanhado ou ouviram falar das investigações no âmbito da operação Lava Jato e que envolvem a Petrobras. Nesse grupo, 66,9% consideram que a presidente Dilma Rousseff é culpada pela corrupção que está sendo investigada e 71,4% acham que o ex-presidente Lula é culpado.

Sobre o futuro da operação Lava Jato, 36,2% acreditam que ela nem será fortalecida, nem será enfraquecida no governo Michel Temer, permanecendo como está. Para 29,3%, a Lava Jato será fortalecida e 26,0% consideram que será enfraquecida.

• Desemprego

53,2% dos entrevistados estão empregados no momento. 33,4% não estão empregados e não estão procurando emprego. 13,2% não estão empregados, mas estão procurando emprego. Entre os que estão trabalhando, 59,8% temem perder o emprego por causa da crise.

Do total de entrevistados, 52,6% gostariam de abrir um negócio próprio e 85,8% conhecem alguém que ficou desempregado nos últimos seis meses. Além disso, 30,4% disseram que alguém do domicílio perdeu a vaga de trabalho no último ano, sendo que, dentro desse grupo, 75,2% buscaram emprego, mas ainda não conseguiram se recolocar no mercado. Outros 17,9% já conseguiram emprego e 5,4% buscaram cursos de capacitação ou voltaram a estudar.

• Previdência

15,0% dos entrevistados são aposentados, sendo que, dentro desse grupo, 38,0% continuam trabalhando. Para os 85,0% que afirmaram não estar aposentados, 48,8% têm pouco ou nenhum conhecimento sobre as regras de aposentadoria ou sobre quando irão se aposentar. 30,1% têm conhecimento parcial sobre o tema e 15,9% sabem as regras e quando terão concedida a aposentadoria.

Sobre uma possível reforma da previdência, 64,7% são contrários a qualquer alteração nas regras, mas 61,3% acham que é necessário estabelecer uma idade mínima para a aposentadoria. E 56,9% acreditam que essa idade deve ser a mesma para homens e mulheres.

• Reforma Trabalhista

64,5% acreditam que a legislação trabalhista brasileira deve ser atualizada. Para 36,7%, uma reforma trabalhista precisa garantir todos os direitos atuais aos trabalhadores. 32,6% consideram que é preciso que se facilite a negociação entre trabalhadores e empregadores. Enquanto isso, 21,8% concordam com a flexibilização de alguns direitos, para melhorar as chances de contratação.

33,6% pensam que a atual legislação dificulta a realização de acordos que atendam aos interesses de empregadores e empregados e 46,6% são favoráveis à terceirização de qualquer atividade nas empresas.
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