Às vésperas da realização do segundo turno, o especialista em neuromarketing, Arthur Paredes que também pesquisa comportamento destaca que a emoção pauta mais o voto do eleitor do que as propostas de um candidato ao cargo público. A avaliação foi feita ao DG Entrevista desta quinta-feira (27/10) conduzido pelo jornalista Altair Tavares.
Assista a entrevista na íntegra:
Paredes explica que existe um mito em que o eleitor concilia o ‘racional do emocional’. “Isso já foi derrubado pela ciência. É indissociável, não há como desconectar o emocional do racional. O racional é apenas a ponta do iceberg. Majoritariamente as nossas decisões são completamente emocionais”, pontua. “Há uma frase bem interessante: não escolhemos quem queremos escolher, escolhemos aqueles que gostamos. Você gosta dele”, destaca.
Há entre os estudos da neurociência a teoria que o efeito manada também pode colaborar com a emoção do voto. “O efeito manada é o mais conhecido tão impulsionado pelas pesquisas eleitorais que tem uma influência no efeito manada. Não é exclusivo do ser humano, isso acontece com vários outros animais. Nós temos um efeito manada inconsciente que acontece não apenas na política”, pontuou.
Fakenews: pessoas não lidam com fatos e a verdade é relativa
Questionado sobre fakenews, Arthur Paredes pontuou que o eleitor que propaga notícias falsas nem sempre faz isso por ser uma pessoa má, mas sim por ver no candidato opositor uma ameaça ao seu grupo.
“Nós temos a vontade de atacar o opositor e ameaça ao candidato que a gente não gosta, é porque dentro do nosso bando – e temos nossa tribo – nós queremos alertar sobre uma possível ameaça”, explica.
Quando isso acontece a tendência de compartilhamento de fakenews aumenta. “Para isso, nós não nos importamos com fatos, não importamos com a verdade que é relativa. Queremos trazer a notícia como se fossemos um porta-voz para proteger a nossa tribo e isso é o principal motivador para até pessoas boas disseminarem fake news”, destaca.
Assista a entrevista na íntegra:
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