07 de agosto de 2024
Política • atualizado em 13/02/2020 às 01:35

Eleições: Se Caiado tiver apoio do PMDB, base do governo se fortalece

Para o ex-senador Demóstenes Torres, existe uma divisão entre três possíveis nomes para disputar o cargo de governador de Goiás em 2018: Ronaldo Caiado (DEM), José Eliton (PSDB) e Daniel Vilela (PDMB). O ex-Democrata prevê vários cenários para a eleição estadual, sendo um deles o apoio do PMDB a Caiado, que poderá fortalecer a base aliada.

“Se o PMDB apoiar o Caiado, ele tem chances reais de se transformar em governador. Se o PMDB não lançar candidato, acho que os Vilela vão pular fora, porque é uma questão de sobrevivência de grupo político. Eles não vão a reboque do Caiado. Acho que eles poderiam compor com o governo. Compondo com o governo, poderia reforçar a candidatura do José Eliton. Ai Maguito seria candidato a senador”, disse.

Segundo Demóstenes, a presença de peemedebistas não causaria conflitos na base aliada, uma vez que é necessário agregar para vencer as eleições. E os tucanos sabem disso. “A oportunidade de se continuar no poder é agregando, ainda que de fora, alguém que até então foi antagônico, mas vamos lembrar que Maguito sempre foi muito dócil, muito sutil, ele faz uma política diferente. Digo até que se Maguito tivesse passado pelo que passei, ele não seria cassado. Ele tem amizade com todo mundo, não é polêmico, é uma boa figura inclusive de se conviver”.

Leia trecho da entrevista:

Como o senhor avalia a disputa do cenário estadual que tem Caiado, José Eliton, Daniel Vilela e outros?

Eu acredito que estamos polarizados nesses três nomes mesmo. Três ou quatro nomes, mas dois deles vão ter que optar por ser um só: Maguito e Daniel. Eu acho que Maguito não será candidato a governador. Daniel tinha muita chance de ser, e ainda tem, porque é um nome novo, mas parece que vai ser denunciado por caixa 2. Mas acredito que Ronaldo Caiado é um grande nome. Se fosse hoje a eleição, ele possivelmente seria eleito. Acredito que José Eliton é outro possível nome, já tem crescido. Eu vi uma pesquisa com Caiado com 29% e ele com 20%. Essa diferença já foi de 30 pontos e hoje está em torno de dez. É uma coisa muito boa. E Caiado depende do PMDB. Se o PMDB apoiar o Caiado, ele tem chances reais de se transformar em governador. Se o PMDB não lançar candidato, acho que os Vilela vão pular fora, porque é uma questão de sobrevivência de grupo político. Eles não vão a reboque do Caiado. Acho que eles poderiam compor com o governo. Compondo com o governo, poderia reforçar a candidatura do José Eliton. Ai acho que Maguito seria candidato a senador.

Só vai aumentar a briga dentro da base

Só. Mas acho que no frigir dos ovos quem vai disputar é quem tem voto. Eleição é humildade diante dos fatos.

O senhor acha que Vilmar Rocha, Lúcia Vânia vão concordar com Maguito no Senado?

Não vão concordar, mas eleição é o tal do real-politique. Marconi queria Henrique Meirelles como candidato a senador, não é verdade? Tentou sacrificar a Lúcia e ela não aceitou, depois tentou sacrificar a mim, que não aceitei. Então, a vontade, a amizade cede ao real, e o real é o seguinte: quem estará em julho em condições de ser candidato mesmo?

Não terá racha na base?

Digo que não racha. A oportunidade de se continuar no poder é agregando, ainda que de fora, alguém que até então foi antagônico, mas vamos lembrar que Maguito sempre foi muito dócil, muito sutil, ele faz uma política diferente. Digo até que se Maguito tivesse passado pelo que passei, ele não seria cassado. Ele tem amizade com todo mundo, não é polêmico, é uma boa figura inclusive de se conviver. Então, eu imagino que Caiado tem chances reais; o José Eliton tem muita chance pela força do governo, pela sua expressão pessoal, é um intelectual. Acho que temos que ter gente com sabedoria dentro da política; e o Daniel Vilela, se vier, complica o jogo. Acho que se os três forem candidatos, não temos como saber ou dizer quem vai para o segundo turno. Eles estão bem iguais.

Caiado sem base é um candidato competitivo?

Eu respondo da seguinte forma: o governo tradicionalmente no Brasil não fica fora do segundo turno. É muito difícil José Eliton estar fora do segundo turno.

Veja vídeo:

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