Portugueses foram às urnas em eleições em Portugal antecipadas para escolher um novo Parlamento, registrando uma abstenção mínima em mais de uma década. A Aliança Democrática (AD), composta pelos partidos de direita tradicionais, conquistou o maior número de cadeiras, enquanto o Partido Socialista, que estava no poder desde 2015, admitiu a derrota.
O partido Chega, de ultradireita, emergiu como uma força significativa, quadruplicando sua representação parlamentar e tornando-se crucial na formação do próximo governo. Em seu perfil no Instagram, a legenda agradeceu aos portugueses e, na postagens, mesmo brasileiros parabenizaram pela vitória.
Com a maioria das cadeiras já definidas, a AD tinha 79 assentos, seguida pelo Partido Socialista com 77, e o Chega com 48. Os demais assentos foram distribuídos entre partidos de esquerda, direita e um independente. Os votos dos eleitores no exterior ainda não foram contabilizados, mas é improvável que alterem substancialmente o resultado.
O líder da AD, Luís Montenegro, declarou-se pronto para formar um governo, reafirmando seu compromisso de não incluir o Chega na coalizão, conforme prometido durante a campanha eleitoral. O sistema eleitoral português permite que os partidos façam acordos e coligações após a eleição para formar o governo, tornando importante a composição total do Parlamento.
Embora tenha admitido a derrota, o Partido Socialista anunciou que atuará como oposição e buscará recuperar o apoio dos descontentes. Especulações sobre a formação de um possível bloco central, excluindo o Chega, ganharam força durante a apuração dos votos nas eleições em Portugal.
O presidente Marcelo Rebelo de Sousa deverá iniciar as negociações para formar o governo após o convite a um dos líderes partidários, provavelmente Montenegro. As eleições, inicialmente previstas para 2026, foram antecipadas devido à renúncia do então primeiro-ministro Costa, em meio a uma investigação de corrupção.