O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira que já tem nomes para compor a Esplanada a partir de abril, quando alguns de seus ministros vão entregar os cargos para disputar as eleições
“Serão ministérios temporários, tampões, não haverá grande negociação política nisso aí”, garantiu o presidente em live nas redes sociais, sem revelar os nomes escolhidos. Ele disse ainda que não vai aceitar a indicação de alguns ministros-candidatos sobre quem deveria substituí-los.
Por outro lado, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, terá influência. “O nome que ele sugerir terá peso fortíssimo”, afirmou o presidente, após elogiar o trabalho do pré-candidato ao governo de São Paulo à frente da pasta. A figura mais cotada para assumir o Ministério é o atual secretário-executivo, Marcelo Sampaio – genro do ministro da Secretaria-geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos.
Ainda sobre eleições, Bolsonaro declarou na live que pretende conquistar com aliados cerca de 20 das 70 vagas para deputados federais em São Paulo, a partir de candidaturas “com certo potencial eleitoral”, e acenou para composições com outras legendas. “Seria bom se mais partidos estiverem conosco”, declarou.
O chefe do Executivo ainda expôs o distanciamento com o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, antes um cacique da chamada “ala ideológica” do governo federal. “Criticar de graça o nosso trabalho? A troco de quê?”, questionou, sobre o ex-aliado.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu principal adversário no pleito deste ano, tampouco foi poupado das críticas. “Tem apoio porque já negocia ministérios e estatais”, disse Bolsonaro que, no entanto, destacou o preço mais baixo dos alimentos na era petista. “No tempo do Lula, se comprava carne mais barata? Sim, mas ele não enfrentou pandemia.”
Bolsonaro ainda afirmou que a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, busca formas de lançar linhas de financiamento para agricultores que perderam a primeira safra em razão de desastres naturais. (Estadão Conteúdo).
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