A eleição para a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) será nesta sexta-feira (30), das 9h às 17h, no Centro de Convenções de Goiânia. As três chapas que disputam o pleito são compostas por 46 conselheiros seccionais titulares, incluídos a diretoria (presidente, vice-presidente, secretário-geral, secretário-geral adjunto e diretor-tesoureiro); 46 conselheiros suplentes; três conselheiros federais titulares e outros três suplentes; cinco diretores titulares da Caixa de Assistência dos Advogados (presidente, vice-presidente, secretário-geral adjunto e diretor-tesoureiro); e cinco diretores adjuntos da Caixa de Assistência dos Advogados.
Em entrevista ao jornalista Altair Tavares, pela Rádio Bons Ventos, os candidatos falaram sobre as prioridades das chapas para a reta final da campanha. Confira:
Lúcio Flávio de Paiva (Pra Frente OAB – Chapa 1)
Vamos dar continuidade ao árduo trabalho que temos feito desde o início da campanha, dialogando com a advocacia nos quatro cantos do estado, fazendo visita a diversas cidades e seguimentos, e aquela humildade necessária ao candidato que precisa da confiança do seu eleitor para continuar esse trabalho profícuo, precioso, como esse que nós temos realizado há 34 meses a frente da OAB.
Críticas
As críticas dos grupos oposicionistas são bastante naturais, o que é preciso analisar é se essas críticas são procedentes. No caso dos grupos antagonistas não o são. Ante a falta de um discurso de críticas à gestão, eles não têm, porque a gestão foi muito trabalhadora e realizadora e a advocacia reconhece isso. Há factóides, fake news, apelar para proximidade que algumas pessoas da minha chapa tem, mas assim é em qualquer outra chapa, vínculo de proximidade não é defeito, então não repercutiu em absolutamente nada. Há não ser na demonstração de que os nossos antagonistas não tem propostas efetivas e reais para a OAB-GO para os próximos três anos. Eles só não têm críticas fundamentadas a nossa gestão, como não têm o que apresentar para a próxima gestão, porque tudo que era necessário ser feito já está sendo feito e com excelência. Eles não podem falar mais de dívidas, porque nós pagamos a dívida. Eles não podem mais falar das estruturas da ordem, porque reformamos 94 salas e trocamos 500 computadores em todo o Estado. Eles não podem falar de educação continuada, porque a Escola Superior de Advocacia (ESA) ofertou na nossa gestão mais de 1.400 cursos em 34 meses, uma marca histórica. Eles não podem falar da Caixa de Assistência, a Casag, porque ela entregou o maior escritório compartilhado do Brasil, em Goiânia. Pegou o CEL sucateado e colocou como o melhor clube do seguimento no Brasil, com investimentos amplos. Ou seja, não tem discurso, não tem projeto, e nós sabemos onde queremos chegar e temos uma longa folha de serviços prestados. O discurso deles não encontra ressonância perante a advocacia.
Expectativas
Obviamente, como candidato da Chapa 1, eu acredito na vitória. Eu tenho recebido um retorno por parte da advocacia de elogios, de reconhecimento, de acolhimento da nossa candidatura, que me faz ficar muito animado, mas eu prefiro manter a humildade até o fim, manter o trabalho incessante de pedir votos até quinta-feira (29), e aguardar o veredito soberano dos colegas advogados de Goiás. É deles o direito de escolher quem será o seu próximo presidente. As propostas foram colocadas, as biografias de cada candidato foram postas muito claramente para cada advogado formar a sua opinião e, eu acredito muito na soberania do voto dos colegas. Aguardo com tranquilidade, com a certeza de dever cumprido, com um resultado bastante favorável na sexta-feira. Se a advocacia nos honrar com o seu voto mais uma vez, teremos mais três anos de uma gestão muito virtuosa, muito trabalhadora e muito exitosa, como foi nossa gestão até aqui.
Eleição agressiva
Eu percebi nessa movimentação eleitoral da OAB, uma oposição excessivamente agressiva, todo tipo de vídeo e notícias, agredindo pessoas da nossa chapa, procurando denegrir pessoalmente a minha imagem e, eu acho que isso não é bom para a OAB-GO, para a convivência democrática, nem é um bom exemplo que a advocacia oferece para a política eleitoral. Então em futuros pleitos, eu espero que essas pessoa revejam as suas condutas, que se proponham a debater com mais fidelidade, lealdade e de maneira construtiva. Da nossa parte, procuramos fazer uma campanha mostrando os nossos 34 meses de gestão, as nossas obras, os nossos ganhos materiais e imateriais, sem agredir quaisquer dos nossos antagonistas, mostrando os nossos serviços prestados.
Alexandre Ramos Caiado (OAB Pra Você – Chapa 2)
Agenda
Prioridade é entrar em contato com o maior número de advogados pessoalmente, por telefone, por e-mail, por todos os meios de comunicação e, mostrar que a OAB Pra Você é a chapa da independência da advocacia.
Independência
Reforço a questão da independência porque estamos vendo que temos três chapas. Uma é a gestão, que está aí e nada foi feito nesses últimos três anos, muita mídia, muita propaganda, e agora nas eleições ela foi apelidada de chapa da panela, pela outra chapa, que fala que a chapa do atual presidente é composta por parentes e sócios. Ela fala do outro, mas esquece dele, que a chapa que estava aí há 20 anos, perderam as últimas eleições há 3 anos, e agora busca a retomada do poder. Retomada essa que passa pela união de pessoas antagônicas, pessoas que nunca deram certo, pegaram a dissidência do atual presidente, o Leon Deniz que foi por 16 anos oposição ao grupo OAB Forte, pegou o Enil que há três anos se odiavam, e agora estão juntos, uma união estranha com único objetivo do poder, está apelidada de Caldeirão da OAB Forte e também colocada aí pela advocacia como chapa Frankstein, cabeça de um, braço de outro, o corpo de outro. Já a nossa chapa é uma chapa de advogados que nunca exerceram nenhum cargo na Ordem, são 97,2% nessa posição. Nós temos 60% de advogadas na nossa diretoria, 70% na CASAG, 50% do Conselho Federal, é a chapa com mais representantes do interior, é a chapa que realmente defende a advocacia, tanto da capital como em todo o estado. A chapa é composta por pessoas oriundas da comissão de prerrogativas, que eu presidi, aliado a toda advocacia do interior de Goiás, da capital, e que busca um novo cerne para a OAB. Desinteressada em grupos, desinteressada em elites, e que busca realmente o trabalho, como o trabalho que nós já exercemos 15 anos na defesa da advocacia, 11 anos nas prerrogativas e três anos e pouco como presidente do Sindicato do Advogados de Goiás. Isso quer dizer que não estamos aqui aparecendo como candidato cometa não, nós temos uma história, nós temos uma bandeira, nós estamos colocando a advocacia.
Mídias Sociais
Essa eleição é a mais interessante de todas. As mídias sociais estão divulgando as propostas, os candidatos estão falando mais, a imprensa tem nos procurado mais, houve mais debates, ela deixou de ser aquela eleição apenas no corpo a corpo, passou a ser uma eleição mais conceitual, o advogado está analisando três pré-candidatos: Lúcio Flávio, que é o presidente; Pedro Paulo, que é o passado; e Alexandre Ramos Caiado que sempre defendeu a advocacia, e que é o futuro promissor da advocacia.
Guerrilha
Nossa campanha não agrediu, não fizemos nenhum vídeo agressivo. Eu vi muita agressividade entre a atual gestão, que está no poder, e aquela que perdeu o poder há três anos e está saudosista em voltar ao poder a qualquer custo. Nós estamos aqui na nossa eleição para dar voz a advocacia, para dar voz e vez a advocacia, pois não vemos que a eleição de qualquer um desses dois grupos vá beneficiar a advocacia. Em um debate que nós fizemos ontem, a população mandou algumas questões, perguntaram qual é um dos grandes problemas da Ordem e falaram da digitalização de processos, reclamaram das prerrogativas, e das custas judiciais. Ou seja, tudo que o atual presidente fala que fez não está sendo repercutido pela advocacia, que entende que ele foi leniente no caso da digitalização de processos, em que a advocacia ficou parada durante 10 meses aguardando essa digitalização e perdendo dinheiro. Criou-se uma procuradoria com o objetivo maior dela é colocar o nome do advogado no SPC e executar o advogado inadimplente com a OAB, as prerrogativas foram deixadas de lado. Custas judiciais, o tribunal deitou e rolou em cima da OAB-GO e ela nada fez, deixou o estado dominar, contingenciar a verba dos advogados nativos. Nós temos que ter um presidente que tenha coragem, diálogo, que vá combater o bom combate, que fale com os poderes constituintes, com o governo eleito, com o atual presidente do Tribunal, com o próximo presidente do Tribunal, que em fevereiro será outro, que tenha um modo para interagir com a advocacia.
Pedro Paulo de Medeiros (Nova OAB – Chapa 5)
Reta final
Agora nós estamos nos últimos dois dias de campanha, conversando com a advocacia da capital, conversando com a advocacia do interior, visitando vários órgãos com os colegas advogados e advogadas, visitando escritórios, indo a porta dos Fóruns e conversando com os colegas que vão militar, onde eu milito também, diariamente. E também pelas redes sociais, fazendo telefonemas, levando a mensagem da Nova OAB, chapa 5, que é a chapa que, de fato, inova, traz novos nomes, novos advogados/as para a gestão, advogados do interior, advogadas, advogados jovens, restaurar o respeito da advocacia e fazerem as nossas prerrogativas serem valorizadas. A Nova OAB é a mudança para a melhor advocacia, não é chapa de panela, só com parentes e amigos não. É uma inovação. 75% dos nossos integrantes nunca participaram de qualquer gestão, nós somos a mudança que a advocacia quer.
Propostas
Nós inovamos, não repetimos os nomes, não somos a chapa da reeleição. O atual presidente disse que não seria candidato à reeleição, mas está sendo. Ele montou uma chapa com os sócios do seu escritório, com vários pais e filhos, com vários parentes, e vários parceiros econômicos, ou seja, fez uma chapa da panelinha e dos amigos dele. Já a Nova OAB traz inovação. Nós queremos atender a advocacia em início de carreira, faremos questão de isentar nos três primeiros anos a anuidade para essa advocacia, para que o uso dos escritórios compartilhados não sejam cobrados, trabalharemos na Assembleia pela aprovação da lei que estipula o piso salarial, que torne isentas as execuções dos honorários da advocacia. Nós vamos trabalhar com o governador do Estado o pagamento em dia, e atualizado das UHDs. Vamos propor ao Judiciário para que haja o restabelecimento do bom relacionamento entra juízes e advogados, que hoje, não existe. Trabalharemos para que as mulheres advogadas tenham voz e vez na nossa administração, tanto é que elas estão nos cargos de direção. Nós esperamos criar um cenário para que a próxima presidente daqui a três anos venha a ser uma mulher, e os advogados do interior tem 40% de representação na Nova OAB, o candidato a vice vem da subseção de Anápolis, para que as subseções tenham autonomia financeira, administrativa, possam indicar seus delegados da ESA, da CASAG, e não tenham que ficar com o pires na mão, pedindo favor. E nas subseções que tem chapa única e, que eventualmente a chapa não apoiar a Chapa 5, nós trabalharemos em conjunto com ela também, independentemente de ser apoiado ou não. A partir de janeiro, se eu tiver a honra de ser o próximo presidente da OAB-GO, com a graça de Deus, e com os votos da advocacia do Estado, nós trabalharemos em conjunto com todos os presidentes das subseções.
Aspectos políticos
Bom, o aspecto diferente é que hoje nós temos como mostrar que a atual gestão é candidata a reeleição e disse previamente, publicamente, que não seria, mas é. E mais, montam uma chapa com sócios do seu próprio escritório. O presidente coloca os sócios do seu escritório para montar uma chapa, pais e filhos compõem a mesma chapa, parentes compõem a mesma chapa, tios e sobrinhos, isso é algo inimaginável, mas que está acontecendo. O atual presidente quando confrontado, eu já disse isso publicamente em debates, disse: presidente, nós não podemos dar esse exemplo dentro da OAB-GO se nós criticamos tanto fora. E ele diz: isso é normal, isso é problema nosso. Ora, isso é problema dele, mas é da advocacia também, não por acaso a advocacia vai decidir agora na próxima sexta-feira, se ela aceita essa panela na sua chapa ou não. A Nova OAB é plural, todos participam, nós temos 40 advogados do estado inteiro, nós temos que dar oportunidade para essa advocacia toda. Eu não posso formar uma chapa só com os meus sócios do escritório, com os meus parentes e amigos, isso é inconcebível, no meu ponto de vista.
Disseminação de informações
O ambiente agressivo não deveria ser normal. Nós deveríamos todos nos tratar com cordialidade, as críticas que fazemos são críticas da gestão, nunca as pessoas, nunca fazemos críticas pessoas, em momento algum, até porque isso não traz qualquer benefício para a discussão da eleição da OAB, que tem que ser feita num ambiente democrático. Então nós questionamos a gestão, a forma como foi escolhida a chapa, mas nenhuma crítica pessoal. Diferente do que nós ouvimos. Nessa última semana, certamente porque a chapa do atual presidente percebeu que, hoje, quem está na frente é a Chapa 5 – Nova OAB, partiram para o ataque pessoal, foram para o tudo ou nada, ataques mentiras, acusações infundadas, coisas que não deveriam acontecer na OAB. Mas nesse sentido, quanto mais me atacam, mais a advocacia tem percebido quem é que, de fato, quer defender a advocacia. E sou eu, com a Chapa 5 – Nova OAB. Nós atacamos sim, a gestão, como a gestão não se preocupa com a advocacia. Nos últimos dois anos e meio, nós andamos para trás. Nós queremos olhar para o futuro, nós queremos o melhor para a advocacia.
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