O presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio), Marcelo Baiocchi, afirmou nesta sexta-feira (24) que os empresários pleiteiam as mesmas demandas ao longo dos anos. As propostas voltadas para o setor do comércio goiano foram apresentadas nesta semana aos candidatos ao governo de Goiás.
“A gente traz para os candidatos os mesmos pleitos que tem-se feito ao longo dos anos, a menor carga tributária, simplificação, incentivos, etc. Mas isso se resume a um único tópico, que a gente tem batido muito em cima com os candidatos. O Estado é um péssimo empregador e não suporta mais crescer, e nós defendemos a diminuição do Estado em tamanho. Só tem um ente que pode gerar riqueza e emprego, que é o setor privado. Então, o Estado precisa atuar nesse processo, como uma entidade, como um incentivador da criação de novos empregos, incentivando a criação de novos empreendimentos, atração de novas empresas para o Estado de Goiás, geração de mais riqueza no sentido de maior produção e isso vai diretamente aos órgãos que fiscalizam, que licenciam, que permitem a instalação de novos negócios aqui em Goiás”, disse Marcelo Baiocchi.
Em entrevista à Rádio Bons Ventos o presidente destacou que todos os governadoriáveis receberam muito bem as sugestões da Fecomércio e prometeram manter o diálogo com a categoria após a eleição. “Não adianta depois de o candidato eleito a gente chegar com nossos pleitos. Estamos chegando agora, na eleição, para que no momento oportuno, depois que ele tomar posse e assumir o governo definitivamente tenha condições de continuar esse diálogo. E esse diálogo depois não é só com a Fecomércio, é o Fórum Empresarial que manterá constantemente com o próximo governador as discussões para que Goiás volte a crescer, se industrialize, melhore o comércio e a gente possa realmente investir naquilo que traz retorno para o Estado”, comentou.
Leia parte da entrevista:
– Como os candidatos receberam as sugestões?
Todos repercutiram bem os nossos pleitos e responderam que será objeto de discutido após eleito. O importante é que a gente pontuou.
– Quais as demandas apresentadas aos candidatos ao governo de Goiás?
A gente traz para os candidatos os mesmos pleitos que tem-se feito ao longo dos anos, a menor carga tributária, simplificação, incentivos, etc. Mas isso se resume a um único tópico, que a gente tem batido muito em cima com os candidatos. O Estado é um péssimo empregador e não suporta mais crescer, e nós defendemos a diminuição do Estado em tamanho. Só tem um ente que pode gerar riqueza e emprego, que é o setor privado. Então, o Estado precisa atuar nesse processo, como uma entidade, como um incentivador da criação de novos empregos, incentivando a criação de novos empreendimentos, atração de novas empresas para o Estado de Goiás, geração de mais riqueza no sentido de maior produção e isso vai diretamente aos órgãos que fiscalizam, que licenciam, que permitem a instalação de novos negócios aqui em Goiás. Um exemplo clássico e fácil é Minaçu, que tem uma mineradora para explorar um minério chamado terra rara, que está há oito meses esperando uma licença ambiental para iniciar e gerar três mil empregos, já fez investimento de R$ 60 milhões na região. É isso que não pode acontecer, o Estado tem que ter a preocupação de fazer com que uma empresa como essa ou várias empresas que funcionam dentro do Estado, da menor à maior, tenha mais agilidade na abertura da sua atividade, porque vai gerar mais emprego, vai ter mais renda, o Estado arrecadará mais e todo mundo ganha, é um círculo virtuoso em um processo onde exige uma agilidade no atendimento ao setor empresarial.
– Como reduzir o tempo de liberação de licenças?
Um exemplo é o que o município lançou a Licença Fácil, que você faz pela internet. Porque 90% das licenças ambientais é sem impacto, são atividades pequenas que podem ser licenciadas de uma forma simples. Nós temos que trabalhar na forma da responsabilidade técnica. Um técnico habilitado vai lá e declara, aquela declaração tem que se entender verdadeira. Depois, uma fiscalização foi lá e ele mentiu, coloca na cadeia e fecha o estabelecimento. Agora, o inverso e que se faz no Brasil, primeiro para licenciar tem que ter visita, confirmação, etc, para depois liberar, e esse processos demora demais. As licenças, que são mais de 90%, de pequeno impacto têm que ter um processo feito via internet e simplificado. É o melhor caminho para fazer com que os técnicos se debrucem exclusivamente nos processos que têm maior impacto e que justificam uma análise mais apurada.
– Como promover a redução tributária?
É necessária a redução tributária senão a gente não vai conseguir gerar empregos, mas esse assunto não passa exclusivamente pelo Estado, passa pelo Congresso Nacional. É uma pauta que já existe dentro do Congresso Nacional, e a tese é aumentar a base e todos pagarem menos. A proposta que existe, tramitando no Congresso Nacional, é um único imposto, que não penalize a produção e seja tributado no consumo, que todos pagariam o mesmo valor. Aí você acaba conseguindo uma base maior de contribuinte e trabalhar com alíquota menor. É uma proposta inteligente, agora vai depender da boa vontade do próximo presidente eleito. Se não fizer as reformas estruturantes, ele não vai conseguir administrar o país.
– Como os candidatos receberam as sugestões?
Todos repercutiram bem os nossos pleitos e responderam que será objeto de discutido após eleito. O importante é que a gente pontuou. Não adianta depois de o candidato eleito a gente chegar com nossos pleitos. Estamos chegando agora, na eleição, para que no momento oportuno, depois que ele tomar posse e assumir o governo definitivamente tenha condições de continuar esse diálogo. E esse diálogo depois não é só com a Fecomércio, é o Fórum Empresarial que manterá constantemente com o próximo governador as discussões para que Goiás volte a crescer, se industrialize, melhore o comércio e a gente possa realmente investir naquilo que traz retorno para o Estado.
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