O deputado federal Jovair Arantes (PTB), relator do processo de pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) que tramitava na Câmara dos Deputados, e agora seguirá para o Senado, afirmou nesta segunda-feira (18) que o processo foi aprovado na Casa porque o Congresso não apoia mais a presidente.
“Ela perdeu a sustentação no Congresso. Eu não estaria, e ninguém pode estar em sã consciência, apoiando alguém que está cometendo crime de responsabilidade. O quadro é assim e foi devidamente avisado em momentos oportunos”, disse.
Para Jovair, está evidente que há indícios de desvio de dinheiro oriundo de bancos públicos e atraso em repasses, o que configura as chamadas pedaladas fiscais. “A presidente tamém estava fazendo nas pedaladas fiscais, pegando dinheiro do Banco do Brasil, da Caixa Econômica, do BNDES [Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social] para pagar programas do governo, sei lá. Mas R$ 60 bilhões foram desviados e apenas R$ 2 bilhões utilizados para programas sociais”.
O deputado reforçou que ninguém está acima da lei e que mesmo Dilma sendo a presidente do Brasil, ela não poderia ficar impune. “É assim, é a lei. A lei, ela não cumpriu, ela tem que pagar por isso. No Brasil, a lei é feita para todos, ninguém está acima da lei”.
Michel Temer
Questionado sobre a possibilidade de o PTB apoiar o vice-presidente Michel Temer ao cargo de presidente da República, Jovair Arantes informou que a maioria dos partidos se unirá para apoiá-lo, para que desta forma sejam encontradas soluções que tirem o Brasil das crises política e econômica.
“Vamos ter que fazer um trabalho de união de toda a política brasileira, o que for necessário. Aí não é porque é o Michel, podia ser qualquer um que represente, evidentemente, a sociedade brasileira no sentido de tentar resolver os problemas que nós estamos aí, que são de enorme preocupação”.
E concluiu: “É evidente que se nós não fizermos uma conjunção nacional dos partidos políticos, você, ao contrário de resolver o problema, está criando outro. Então, temos a obrigação, como político que somos, de achar um ponto de equilíbrio agora e mostrar o rumo que o Brasil precisa seguir”, afirmou Jovair Arantes.
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