19 de dezembro de 2024
Brasil

Eike é preso pela Polícia Federal após desembarcar no Rio

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O empresário Eike Batista foi preso pela Polícia Federal nesta segunda (30) no aeroporto do Galeão, no Rio, logo após de desembarcar de um voo que o trazia de Nova York. Ele era considerado foragido.

Eike desceu na pista do terminal dois e foi levado de carro pelos policiais para o IML (Instituto Médico Legal), onde fará exames antes de ser preso. Ele ficará detido no presídio Ary Franco, em Água Santa, na zona norte da cidade.

No sábado (28), a Folha de S.Paulo informou que ele pretendia se entregar à Justiça, mas tinha medo de ser levado a uma penitenciária comum por não ter curso superior.

Eike Batista embarcou na noite de domingo (29) no aeroporto JFK, em Nova York, por volta das 21h45 (horário de Brasília). No caminho até o local de embarque, questionado pela reportagem se iria se entregar, apenas sorriu.

Ao programa “Fantástico” (Globo) Eike afirmou, já na área de embarque, que responderá “à Justiça, como é o meu dever”. “Meu sentimento é que tem que se mostrar o que é. Está na hora de passar as coisas a limpo.”

Questionado pela equipe da emissora se iria fazer delações, o empresário disse que iria esperar estar diante da Justiça. Ele afirmou ainda que nunca pensou em fugir para a Alemanha -Eike tem dupla nacionalidade. “Sempre venho a Nova York a negócios.”

ALVO

Eike foi o principal alvo da Operação Eficiência, deflagrada pela Polícia Federal, na quinta-feira (26).

Quando a ação estourou, ele estava fora do país e foi considerado foragido pela Justiça, procurado pela Interpol (Polícia Internacional). Seus advogados negaram, na ocasião, que ele tivesse fugido.

Ele teve a prisão decretada depois que dois doleiros fizeram acordos de delação com a Operação Lava Jato no Rio e contaram que ele pagou US$ 16,5 milhões de propina ao ex-governador do Rio Sergio Cabral, que está preso.

Antes de embarcar de volta ao Brasil, neste domingo, o empresário caminhou tranquilamente pelo terminal 8 do JFK. Chegou a conversar e tirar selfies com brasileiros que estavam no aeroporto.

Ele carregava apenas uma mala de mão e não enfrentou filas para fazer o check in. A cada pergunta feita pela reportagem, respondia apenas com sorrisos.


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