30 de novembro de 2024
Brasil

Efeitos da paralisação de caminhoneiros são transitórios, diz ministro da Fazenda

Ministro da Fazenda, Eduardo Guardia. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Ministro da Fazenda, Eduardo Guardia. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Para o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, os efeitos da paralisação de caminhoneiros sobre a economia são temporários.

“É inegável que a greve terá efeito no nível de preços e no de atividade a curto prazo, mas são efeitos transitórios”, disse o ministro em almoço com empresários nesta segunda-feira (18), em São Paulo.

A inflação sentida nos supermercados por falta de abastecimento não deve gerar um choque permanente nos preços, afirma Guardia.

A maior preocupação, diz ele, é a crise gerar preocupação e aversão a risco de agentes econômicos. “O país parou por dez dias, mas a solução apresentada pelo governo preservou a política fiscal”, afirmou.

“Preservamos a política de preços da Petrobras e não introduzimos nenhuma distorção na dinâmica competitiva desse importante segmento [de combustíveis].”

Os custos para acabar com a paralisação foram compensados nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal, diz Guardia. “A sociedade precisa saber que tudo tem custo. Podemos divergir em como a conta foi distribuída, mas apresentamos tudo de maneira transparente [à sociedade].”

Segundo o ministro, a economia já vinha crescendo numa taxa um pouco inferior à expectativa do início do ano devido ao cenário externo, de valorização do dólar, e consumo das famílias abaixo do esperado no Brasil, e a paralisação agravou essa situação.

Guardia comentou também a intervenção do Banco Central para conter a alta do dólar nas últimas semanas.

“Atuaremos de maneira coordenada, para reduzir a volatilidade, sempre que entendermos que o preço dos ativos está se descolando do que deveria ser”, disse.

Hoje, Banco Central e Tesouro têm instrumentos para atuar no mercado de câmbio e de juros do que em 2002, quando o dólar também teve alta acentuada, afirma Guardia.

“Em 2002, a divida pública era dolarizada. Hoje é inverso, nossa posição é credora em dólar e as empresas têm hedge [proteção] natural.” (Folhapress) 

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