23 de dezembro de 2024
Política

Economista de Bolsonaro diz que há dois pesos e medidas sobre apoio do centrão

ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER, ITALO NOGUEIRA E TALITA FERNANDES

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Economista de Jair Bolsonaro (PSL), Paulo Guedes criticou a reação da imprensa ao acordo entre o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) e partidos do centrão. Seriam dois pesos e duas medidas, pois Bolsonaro teria sido defenestrado por ter conversado com as mesmas legendas.
“A impressão que eu tenho é que havia muita crítica a ele por negociar com o centrão, e ele aparentemente não aceitou o toma lá, dá cá. Aí a mídia celebra agora a aliança do Geraldo Alckmin [PSDB] com o mesmo centrão, fala que ele vai ter sustentação parlamentar”, disse Guedes à reportagem na convenção partidária que consagrará a candidatura de Bolsonaro, neste domingo (22), no Rio.
“É a consagração da velha política. Poxa, é como se fosse o abraço dos afogados. A Lava Jato veio com a ideia de acabar com a velha política, não era isso?”
Na véspera, o capitão reformado havia ironizado a aliança firmada por seu adversário tucano com os partidos do centrão – DEM, PP, SD e PR. 
Bolsonaro conversou com o PR de Valdemar Costa Neto, mas os diálogos não prosperaram.
“Eu quero cumprimentar o Alckmin. Ele juntou a alta nata de tudo que não presta no Brasil ao lado dele”, disse. 
Cotada a vice de Bolsonaro, a advogada Janaina Paschoal afirmou que não será hoje que decidirá se aceita ou não o posto – já dispensado pelo senador e cantor gospel Magno Malta (PR) e pelo general reformado Augusto Heleno (PRP).
Coautora do pedido de impeachment da petista Dilma Rousseff e filiada ao PSL, Paschoal disse à reportagem que precisa “pensar bem antes de fechar uma parceria de quatro anos”.


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