Em julho, a economia brasileira teve uma expansão de 0,57% em relação a junho, divulgou o Banco Central nesta segunda-feira (17).
O cálculo do BC é feito através do indicador IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), e os dados são dessazonalizados, ou seja, retira-se os efeitos típicos de cada mês do número para possibilitar a comparação.
Após queda de 3,35% em maio, consequência do movimento caminhoneiro, o indicador se recuperou 3,34% em junho.
Os números do desempenho dos setores de serviço e comércio em julho, divulgados pelo IBGE na semana passada, frustraram a expectativa dos economistas, que projetaram alta para ambos.
O volume de serviços caiu 2,2% no mês passado na comparação com junho. Pesquisa da agência Reuters com analistas de mercado estimava alta de 0,4%.
Já o comércio registrou o terceiro mês seguido de queda com um recuo de 0,5% em julho, para uma projeção da Reuters de alta de 0,3%.
Segundo o IBGE, a produção industrial recuou 0,2% em julho.
A expectativa com os números de julho era grande porque este seria o primeiro mês de normalidade após os efeitos mais imediatos da paralisação de caminhoneiros.
Crescimento em 2018
O mercado voltou a reduzir a projeção para o crescimento da atividade econômica no Brasil neste ano mas elevou a conta para a inflação em meio ao nível mais alto do dólar, de acordo com pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira (17).
Em um cenário de dificuldade de impulso da atividade com desemprego alto e incertezas elevadas antes da eleição presidencial de outubro, a expansão do PIB (Produto Interno Bruto) em 2018 é calculada agora em 1,36%, de 1,4% anteriormente. Para 2019, permanece a expectativa de crescimento de 2,5%.
O levantamento semanal realizado com uma centena de economistas mostra ainda que o cálculo para a inflação foi elevado em 0,04 ponto percentual, com a estimativa de alta do IPCA este ano chegando agora a 4,09%, enquanto que para o ano que vem a projeção segue em 4,11%.
O centro da meta oficial do governo para 2018 é de 4,5% e, para 2019, de 4,25%, sendo que para ambos os anos há margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Especialistas consultados deixaram inalteradas as contas para a taxa básica de juros, com a Selic estimada a 6,5% no final deste ano e a 8% em 2019.
O Copom (Comitê de Política Monetária) decide na quarta-feira (19) se manterá ou não a Selic na atual mínima histórica, de 6,5%, sendo que em suas últimas comunicações o BC tem reforçado que só reagirá pelo canal de política monetária quando os choques, incluindo o cambial, baterem na expectativa de inflação no horizonte relevante. (Folhapress)
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