23 de novembro de 2024
Política

“É uma decisão unânime”, diz Daniel Vilela sobre candidatura; deputado nega recuo

O presidente do MDB de Goiás, deputado federal Daniel Vilela, afirmou nesta sexta-feira (16), em entrevista ao Diário de Goiás, que não existe possibilidade de recuar em relação à pré-candidatura ao governo estadual nas eleições de 2018. Segundo o deputado, esta é uma decisão unânime dos diretórios e comissões provisórias do partido em Goiás.

“Não é uma candidatura minha. Essa é uma decisão tomada no ano passado nos mais de 17 encontros estaduais onde todos os Diretórios constituídos, todas as comissões provisórias foram convidadas para se manifestar e, unanimemente, não teve nenhum Diretório, cuja decisão ou a manifestação foi em defesa de aliança com outro partido, todos estiveram defendendo a candidatura própria do partido. Eu, não como pré-candidato, mas como presidente do partido, não posso ir contra a vontade unanime dos Diretórios e majoritária dos líderes e da militância. Não posso ir contra o que é o desejo, o sentimento, o pensamento do meu partido”, disse.

Caso haja alguma alteração em relação aos nomes que vão disputar as eleições este ano, Daniel Vilela destacou que o momento apropriado para isso será durante as convenções partidárias.

“Se isso ocorrer lá na frente na convenção, a convenção é momento para isso, você colocar uma tese diferente ou várias teses e a que tiver a maioria do aceite do partido é aquela que vai seguir o partido durante as eleições. Existem divergências? Óbvio que existem, são naturais. Não existem só na oposição”, afirmou.

Alianças

Em relação às alianças, o deputado federal destacou que o Democratas permanecerá como aliado, mas que o número de partidos que compõem a oposição deve aumentar. Só assim o MDB sairá “bem sucedido” da eleição. Daniel Vilela também reforçou que o MDB terá candidatura própria.

“Nós entendemos, e eu já disse isso em várias oportunidades, que não é só importante a manutenção da aliança de 2014, cujo Democratas fez parte, como a gente precisa ampliar, porque ela não foi suficiente para a gente ganhar a eleição. O nosso objetivo em 2014 era que o prefeito Iris ganhasse aquela eleição. Infelizmente não fomos bem sucedidos. Fomos bem sucedidos porque um candidato ao Senado, com o apoio fundamental do PMDB, obteve sucesso. Eu tenho dito: precisamos manter e ampliar, agregar outros partidos nessa aliança. Nesse sentido, nós temos dialogado com muitos partidos e também com o Democratas”, destacou.

Leia parte da entrevista:

Existem duas ações fundamentais que estamos trabalhando. Primeiro, uma agenda externa ao partido, que acho que é fundamental e que todos aqueles que queiram disputar as eleições deveriam fazer, que nós estamos desde a segunda semana de janeiro fazendo. Visitando todos os estados com o objetivo de visitar os 246 municípios neste primeiro semestre de 2018; dialogando com as mais variadas entidades, com os mais variados setores da sociedade civil organizada para que a gente possa extrair os sentimentos, os desejos, os anseios dos goianos em relação ao futuro político do nosso Estado e, consequentemente, absorvendo essas informações, formatar um novo projeto para Goiás. A outra ação é, obviamente política e muito mais estratégica, de conversas com outros partidos para que a gente possa construir uma aliança que seja convergente de pensamento dentro desse novo projeto para Goiás, com vários partidos. Afinal, o nosso sistema político exige que você, para ser bem sucedido eleitoralmente, precisa ter uma aliança robusta, significativa do ponto de vista de partidos, de tempo de televisão, de candidaturas a deputado estadual e federal, e nós temos feito isso também de forma bem discreta, porque estar na oposição nos impõe essa necessidade de fazer esse trabalho de forma discreta porque você tem um governo com toda uma estrutura, inclusive, para ser ofertada a muitos partidos políticos.

Como assim, discreto?

Você entrega o jogo, fala com quem está conversando, no outro dia o adversário vai lá e acaba também tentando conquistar. A gente tem priorizado também partidos que, como eu disse, são convergidos nesse futuro do Estado, nesse novo projeto, nesse novo momento político e também partidos que tenham como objetivo uma construção política e não outros interesses, porque a gente não pode ser hipócrita de dizer que não acontece. Isso faz parte do jogo político, dessa política atrasada e aconteceu nas últimas eleições majoritárias em Goiás.

Qual a possibilidade de recuo nessa pré-candidatura?

Nós entendemos, e eu já disse isso em várias oportunidades, que não é só importante a manutenção da aliança de 2014, cujo Democratas fez parte, como a gente precisa ampliar, porque ela não foi suficiente para a gente ganhar a eleição. O nosso objetivo em 2014 era que o prefeito Iris ganhasse aquela eleição. Infelizmente não fomos bem sucedidos. Fomos bem sucedidos porque um candidato ao Senado, com o apoio fundamental do PMDB, obteve sucesso. Eu tenho dito: precisamos manter e ampliar, agregar outros partidos nessa aliança. Nesse sentido, nós temos dialogado com muitos partidos e também com o Democratas. Sobre uma possibilidade de recuo, não é uma candidatura minha. Essa é uma decisão tomada no ano passado nos mais de 17 encontros estaduais onde todos os Diretórios constituídos, todas as comissões provisórias foram convidadas para se manifestar e, unanimemente, não teve nenhum Diretório, cuja decisão ou a manifestação foi em defesa de aliança com outro partido, todos estiveram defendendo a candidatura própria do partido. Eu, não como pré-candidato, mas como presidente do partido, não posso ir contra a vontade unanime dos Diretórios e majoritária dos líderes e da militância. Não posso ir contra o que é o desejo, o sentimento, o pensamento do meu partido. Se isso ocorrer lá na frente na convenção, a convenção é momento para isso, você colocar uma tese diferente ou várias teses e a que tiver a maioria do aceite do partido é aquela que vai seguir o partido durante as eleições. Existem divergências? Óbvio que existem, são naturais. Não existem só na oposição. Hoje o presidente da Assembleia, deputado José Vitti, que eu imagino que tenha sido uma hecatombe no Palácio das Esmeraldas, especialmente na pré-candidatura a governador.

Sobre?

Dizendo que não existe candidatura já consolidada, que o vice-governador terá agora a oportunidade quando assumir o governo de mostrar sua condição, sua capacidade de ser candidato competitivo do grupo político deles. Então, essa divergência é natural acontecer em partidos e alianças partidárias. O PMDB pode ter um ou outro prefeito, vereador, presidente de Diretório ou de Comissão Provisória que é divergente no sentido de candidatura própria, é natural. O PMDB, que é o maior partido do Brasil e do Estado, isso é perfeitamente possível de acontecer e é legítimo também. Agora, é lógico que o partido não vai se submeter à vontade de um ou outro, dois ou três, em detrimento da vontade da maioria do partido. O que precisa ser conquistado é essa vontade majoritária do PMDB, que será demonstrada no momento das convenções, da formalização.

Prefeitos e vereadores que discordam querem definição em março. O momento é agora ou na convenção?

A convenção que será definitiva. Depois da convenção não tem como mudar. Qualquer decisão agora, em um cenário muito incerto, quando ainda tem muita coisa para acontecer, é muito precipitada, é uma decisão que pode ser modificada ao longo do tempo e que pode trazer prejuízo com a antecipação. De toda forma, não vejo dificuldade nesse sentido. O que eu acho é que, às vezes, você não pode confundir interesses pessoais de uns ou de alguns, que querem antecipar por alguma razão. Não estou dizendo especificamente de algum, mas pode ser que existam outros interesses, pessoais, porque existe prazo de desincompatibilização, prazo de filiação, então pode ser por aí que alguns têm interesse nesse sentido, não estou dizendo que é o caso. Mas aí o partido não vai tomar uma decisão porque um ou outro precisa tomar uma decisão pessoal. Que ele tome posição e amanhã, se for o caso, internamente, dentro do partido, no momento de convenção, você tenha a decisão majoritária do partido.

Ernesto Roller diz que em março deve ser definida aliança, sobre ter ou não ter

A gente não pode impor aos outros partidos um momento de definição, se ele vai aliançar com a gente ou não. Como vou chegar a um partido e dizer: “Quero que você seja meu aliado, mas você tem que decidir até amanhã se você estará comigo ou não”. Não é assim que se resolvem as coisas. Daqui até julho muita coisa vai acontecer, muitas conversas. Não tem avançar em uma conversa tão rapidamente e de forma tão precipitada.

Ernesto Roller defende que o senhor e Ronaldo Caiado sentem como presidentes de partido, mas até agora não houve resposta, disponibilidade

Isso não é verdade. Primeiro que nunca foi levado ao Maguito uma situação como essa, nunca foi levado a mim, pelo menos neste ano. Houve um convite para um jantar na última vez que eu falei com o senador sobre isso, eu não estava em Goiânia e exatamente por isso que não fui, poderia ter ido normalmente. Assim como fui no final do ano e tive uma boa conversa com o senador e depois dos procedimentos que ele teve de saúde. Não há dificuldade nenhuma para conversar, isso não é do meu estilo, eu tenho dialogado com todo mundo, com vários partidos. Aliás, é o que eu mais tenho feito. Todos os dias eu tenho conversa com algum partido, com algum líder de partido, com algum deputado. São naturais essas conversas. O que eu não faço é ficar dando pitaco no quintal alheio, eu cuido do meu partido, eu converso com nossos prefeitos, com nossos deputados, nossos vereadores, com nossos diretórios para que a gente possa estar sempre sintonizado com o sentimento do partido, saber o que é o desejo, o que é o melhor, buscando as experiências, porque a gente não pode achar que sabe tudo. 

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