23 de dezembro de 2024
Economia

É declarado estado de emergência para helicoverpa em Goiás

 

Acatando o pedido feito pelo Governo do Estado de Goiás, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) declarou emergência fitossanitária para a lagarta Helicoverpa armigera no Estado. A decisão foi anunciada hoje em publicação no Diário Oficial da União e inclui ainda o Estado de Minas Gerais.

O pedido foi motivado pela Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás, FAEG, dados os riscos de elevadas perdas em função dos ataques da lagarta. No início de novembro, o número de relatos de áreas infestadas no estado fez com que a FAEG levasse a demanda até a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seagro). Esta, por sua vez, encaminhou o pedido de declaração de emergência ao Mapa. Estados como Bahia e Mato Grosso já haviam obtido este reconhecimento.

A portaria publicada, de número 1.166, datada em 26 de novembro de 2013, permite agora que Goiás implemente o plano de supressão da praga. Dessa forma, uma das medidas a ser tomada é a importação de defensivos agrícolas com o princípio ativo benzoato de emamectina, que ainda não eram autorizados no mercado brasileiro. Com vigência de um ano, o estado de emergência é válido para todas as áreas produtivas.

Em Goiás, houveram elevados números de ataque da praga no ciclo passado, sobretudo na safrinha. Isso fez com que a Helicoverpa já estivesse presente nas áreas de verão neste ano, fato comprovado pelo aparecimento precoce da lagarta nas áreas recém-plantadas. Na safra 2012/13, o Oeste da Bahia foi a região mais afetada pela praga, que causou prejuízos na ordem de R$ 1,5 bilhão aos produtores baianos.
Por aqui, estima-se que os produtores goianos sofram com os prejuízos da Helicoverpa, sendo que as estimativas de aumento nos custos de produção cheguem a aproximadamente R$ 600 milhões, isso só na cultura da soja, principal produto cultivado no estado, com uma área ocupada de 3 milhões de hectares.


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