O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) distribuiu elogios nesta terça (30) ao presidente Michel Temer e ressaltou que a condenação do ex-presidente Lula pelo TRF-4 não encerra o que chamou de “guerra”.
“Não pensem que essa guerra terminou. Não tenham medo das eleições”, disse ele, em evento do Credit Suisse, na capital.
Em meio a mais uma negativa de que será candidato à Presidência da República, o prefeito exortou a população a defender os “bons candidatos”.
Doria não disse a quem se referia. Mas durante o discurso citou alguns feitos da gestão de Michel Temer e de seu ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Doria disse que a extrema esquerda e a extrema direita intimidam pela “força do grito”.
E que o melhor caminho para o Brasil seria um programa político e econômico liberal, que compreenda o valor do capital.
Doria elogiou o “bom caminho” da economia brasileira em 2017, “goste-se ou não de Temer”.
Ele destacou ainda a inflação sob controle, responsabilidade fiscal, a reforma trabalhista e boas perspectivas com relação a reforma da Previdência que, em sua avaliação, precisa ser feita.
Segundo Doria, os investidores internacionais voltaram a olhar para o Brasil. Prova disso, afirmou, é que ele e Michel Temer não conseguiram dar conta da demanda desses investidores no encontro global Davos, Suíça, ocorrido na semana passada.
Petrobras
Doria fez uma defesa enfática das privatizações, em especial a da Petrobras, e disse ainda que não há dúvidas de que a Eletrobras será privatizada.
“Defendo claramente a privatização da Petrobras. O país não tem que ser dono de empresa petrolífera. Quanto mais privado, mais eficiência e menos aparelhamento da máquina pública”, disse.
“Se preparem para um grande volume de privatizações feitas pelo governo federal de aeroportos, portos e ferrovias. Vocês que estão no mercado financeiro, essa é a hora”, disse à plateia de analistas, economistas e investidores.
Doria foi aplaudido ao fim de seu discurso, dando mostras de que ainda é bem visto pelo mercado financeiro, mas de um modo mais protocolar. Em outras vezes, o prefeito chegou a ser interrompido em razão dos aplausos, o que não ocorreu dessa vez. (Folhapress)
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