19 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 00:36

Doria diz que usará agências bancárias vazias para fazer novas creches

Prefeito eleito João Doria. (Foto: Tom Vieira/Agif/Folhapress)
Prefeito eleito João Doria. (Foto: Tom Vieira/Agif/Folhapress)

O prefeito João Doria (PSDB) anunciou nesta segunda-feira (2) que pretende usar agências bancárias vazias para a criação de creches com objetivo de ajudar a implementação de 66 mil vagas para crianças de até três anos.

Em seu primeiro dia de expediente, o tucano deu sua primeira coletiva na sede da prefeitura, o edifício Matarazzo, no centro da capital paulista.

Antes disso, participou de uma reunião com o secretariado, que durou quase cinco horas. Após se vestir de gari para lançar o programa de zeladoria Cidade Linda, ele voltou ao figurino do dia a dia, roupa social sem gravata.

“Os bancos estão diminuindo o número das suas agências e abrindo mão de várias das suas propriedades. Estamos pedindo para essas instituições que destinem alguns desses imóveis para a implantação de creches da Prefeitura de São Paulo”, disse Doria.

“Os ajustes nos imóveis também deverá ser feito pelas instituições. A operação das creches será de responsabilidade da Secretaria da Educação através das OSs (organizações sociais)”, completou o novo prefeito.

Segundo Doria, a contrapartida para os bancos “é ajudar a cidade a ser uma cidade melhor”.

A gestão Fernando Haddad (PT) já havia prometido diminuir o deficit de vagas com ajuda da iniciativa privada, mas o projeto não vingou.

Doria afirmou que “desta vez vai sair do papel, até porque não há papel, há espaço físico, que será destinado para essa finalidade”.

O tucano afirmou que as 66 mil vagas são a fila atual, informada pela Secretaria da Educação. No entanto, em setembro, a fila era de 133 mil vagas.

A atual gestão argumenta que o que vale é o número de dezembro, que é a demanda que a prefeitura não conseguiu atender. Em setembro, segundo a equipe de Doria, a fila é sempre maior porque começa a matrícula para o ano seguinte.

Corujão da saúde

A equipe do tucano afirmou que o programa para zerar a fila de exames na cidade começará a partir do próximo dia 10.

De acordo com o secretário da Saúde, Wilson Pollara, as pessoas que aguardam exames entre 30 dias e seis meses, vão ser atendidos pela iniciativa privada.

Quem aguarda a fila por mais de seis meses será encaminhado a uma nova consulta nas unidades que solicitaram o exame, para saber se os exames continuam necessários ou não.

Segundo Pollara, os exames não seriam apenas à noite. “Na verdade não é só coruja, é bem-te-vi, é colibri. Não será apenas à noite, nós teremos vários tipo de horário”, disse. “No máximo meia-noite e meia vamos resolver todos. Então, não vamos ter aquele paciente das 3h, das 2h, tendo dificuldade de transporte.”

Calçada livre

Doria também lançou um novo programa de mutirão e melhoria das calçadas da cidade. A ação começará em locais de grande movimento de pedestres.

“Em torno de 8% das calçadas, representam 50%, 60% da utilização. São eixos estratégicos importantes, onde você tem a justificativa de utilizar recursos públicos e a própria prefeitura regional fazer [a obra]”, disse o secretário das Prefeituras Regionais e vice-prefeito Bruno Covas (PSDB).

A prefeitura também prefere ajudar particulares na reforma de suas próprias calçadas. “Vamos pegar a equipe técnica, mobilizar a sociedade, através de mutirão enfrentar esse problema na cidade de São Paulo”, disse.

A ação começará no dia 8, em Itaim Paulista (zona leste de SP), onde Mario Covas, na época prefeito da cidade, fez o primeiro mutirão habitacional.

Folhapress

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