O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), deve anunciar nesta quinta-feira (31) a desistência da pré-candidatura à presidência da República. A informação foi divulgada primeiro pelo jornal Folha de S. Paulo. Uma coletiva de imprensa para anunciar a decisão é aguardada para o período da tarde.
Doria enfrenta resistência dentro do próprio partido. Uma ala do PSDB apoia o ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que renunciou ao cargo nesta semana. O paulista, porém, venceu o gaúcho nas prévias do partido, em novembro do ano passado.
A dificuldade em crescer nas pesquisas também atrapalha a pré-candidatura do tucano. No levantamento mais recente do Datafolha, em 22 e 23 de março, simulou dois cenários da disputa presidencial com a presença de Doria no 1º turno. Em ambos, ele tinha 2% das intenções de voto na pesquisa estimulada – percentuais ainda menores do que ele havia registrado numa pesquisa feita em dezembro.
Segundo o Estadão, nesta quinta-feira (30), durante um jantar, Doria discursou para uma plateia de amigos, empresários, aliados e secretários no qual disse que “não parte do pressuposto” que será candidato e sinalizou que aceitaria abrir mão da disputa.
“Não faço imposição do meu nome, pelo contrário. Não parto do pressuposto que tem de ser eu. É preciso ter grandeza e espírito elevado”, afirmou o governador paulista. Como de praxe, o tucano fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, exaltou seus “legados” no cargo – sendo o principal deles a vacina contra a covid-19 -, lembrou dos tempos em que trabalhou como office boy e reafirmou sua posição contra a reeleição.
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