O prefeito João Doria (PSDB) defendeu na manhã desta quarta-feira (24) a presença de uma base da Guarda Civil Metropolitana (GCM) na frente de sua casa.
“Está dentro da lei. Eu não moro em apartamento. Em prédio você tem recurso, tem proteção. Eu moro em uma casa lindeira a uma calçada e vocês acompanharam manifestações que foram feitas na porta da minha casa antes mesmo de eu me tornar prefeito empossado”, afirmou Doria.
A Folha revelou nesta quarta que um carro e uma base comunitária da GCM fazem vigilância em frente à casa do prefeito, no Jardim Europa (zona oeste), desde 1º de janeiro, quando o tucano tomou posse. Há guardas-civis 24 horas por dia no local.
Na campanha eleitoral, Doria prometeu que tiraria da GCM a obrigação de aplicar multas de trânsito, para retorná-la ao que chamou de “sua verdadeira função”.
Os dois prefeitos anteriores, Gilberto Kassab (PSD) e Fernando Haddad (PT), não tinham guardas-civis na porta de suas residências 24 horas por dia. A segurança era feita em ocasiões específicas, como em dias de protestos.
Quando questionado sobre a possibilidade de arcar com os gastos de uma empresa de segurança privada, Doria relembrou as ações que já tomou para economizar dinheiro da prefeitura.
“Eu já uso o meu automóvel, devolvo o meu salário, não uso o salário, não uso recursos da prefeitura. Minimamente o que a Guarda Civil Metropolitana estabelece é proteger o agente público.”
Por fim, Doria defendeu a medida como uma forma de proteger sua família e também os seus vizinhos. “Não vou fazer uma situação onde os vizinhos da minha casa tenham que padecer com o sofrimento de movimentos nas suas portas. O prefeito não vai ficar exposto, muito menos os meus filhos”.
Em nota, a gestão havia dito que tinha amparo legal para manter os guardas-civis em frente à residência do prefeito, e que a iniciativa foi da Secretaria de Segurança Urbana, por se tratar de uma casa, e não um condomínio.
(Folhapress)
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