23 de dezembro de 2024
Esportes

Dono do PSG quer acelerar processo de defesa em investigação, diz jornal

O dono do Paris Saint-Germain, Nasser Al-Khelaifi, quer se defender o quanto antes de uma investigação aberta pela promotoria da Suíça na quinta-feira (12), informou neste domingo (15) o jornal francês “L’Équipe”.

O procedimento aberto pela promotoria suíça está conectado à investigação sobre o ex-secretário geral da Fifa Jérôme Valcke e está relacionada às vendas de direitos de TV da Copa do Mundo à emissora BeIN Sports, da qual Al-Khelaifi é chefe executivo. Houve uma operação de busca na sede em Paris da emissora.

De acordo com o jornal “L’Équipe”, o dono do PSG, que bancou a transferência recorde de Neymar ao clube francês no mês de agosto ao desembolsar 222 milhões de euros para o Barcelona, se reuniu neste fim de semana, em Doha.

Segundo a publicação, a defesa do dirigente pedirá uma auditoria imediata com a promotoria suíça para conhecer os detalhes da acusação e um interrogatório que possa acontecer antes do fim deste mês.

Uma investigação foi aberta em 20 de março por “suspeitas de corrupção privada, fraude, gestão desleal e falsificação de documentos”, declarou o MP suíço, afirmando que uma operação “coordenada” foi realizada por vários países neste processo. França, Grécia, Itália e Espanha cooperaram na investigação.

O comunicado da promotoria nesta quinta informa que “novos procedimentos investigativos envolvendo Al-Khelaifi foram abertos por conta de descobertas de possíveis atos criminais após representantes da promotoria interrogarem Valcke no mês de outubro como suspeito”.

O comunicado explica que as investigações envolvem também um empresário do mundo esportivo, cujo nome não foi publicado.

“As suspeitas são de suborno, fraude, má gestão criminal e falsificação de documento. Se suspeita que Jérôme Valcke tenha aceitado vantagens indevidas de um empresário no setor dos direitos esportivos em relação à concessão de direitos de mídia para certos países na Copa do Mundo da FIFA em 2018, 2022, 2026 e 2030 e de Nasser Al-Khelaifi em conexão com A concessão de direitos de mídia para certos países nas Copas do Mundo da Fifa em 2026 e 2030”, diz a nota.

“Ninguém foi preso e a presunção de inocência se aplica. Até à data, foram recebidos 180 relatórios de suspeita de lavagem de dinheiro em conexão com as investigações de futebol. A Promotoria está conduzindo cerca de 25 processos penais na série de investigações relacionadas ao futebol e atualmente está analisando documentos apreendidos contendo dados”, completa.

A emissora BeIN Sports negou qualquer tipo de irregularidade e afirmou que cooperará com as investigações; e também confirmou que autoridades francesas fizeram buscas em seu escritório na França.

“Por conta de um pedido da promotoria, o escritório da BeIN Sports na França foi alvo de busca nesta manhã. Os empregados do local cooperaram com as autoridades até o final das buscas. A BeIN nega todas as acusações. A companhia vai cooperar com as autoridades e está confiante com o desenvolvimento das investigações”, completou.

Fifa

Em declaração, a Fifa afirmou que “apoia as investigações”. “A Fifa é parte danificada nesta investigação, de acordo com as disposições aplicáveis do direito processual suíço”, afirmou o comunicado. “A Fifa não pode fazer mais comentários nesta fase, tendo em vista o fato de que a investigação pelas autoridades está em andamento”. (Folhapress)

 


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