24 de novembro de 2024
Economia

Dólar tem leve alta com investidor cauteloso por agenda econômica da semana

A segunda-feira (30) foi de cautela nos mercados globais em dia de agenda tranquila, mas com investidores aguardando anúncios de políticas monetárias importantes ao longo da semana, como nos Estados Unidos e no Brasil.

O dólar fechou em leve alta ante o real, descolado do movimento majoritário lá fora, mas em linha com outros emergentes como Turquia e Índia. 

O dólar comercial subiu 0,32%, para R$ 3,73. Na mínima, chegou a R$ 3,697. O dólar à vista avançou 0,16%, cotado a R$ 3,7279. Das 31 principais divisas do mundo, 22 se valorizaram ante a moeda americana.

Após um pregão de altos e baixos, o Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas da Bolsa brasileira, fechou com avanço de 0,51%, a 80.275,60 pontos.

O Federal Reserve (banco central dos EUA) se reúne nesta quarta-feira (1º), e a expectativa é pela manutenção da taxa de juros americana entre 1,75% e 2%. Mas investidores estão mais de olho no comunicado emitido após a reunião, em busca de pistas sobre futuros aumentos -o mercado espera por mais dois, em setembro e dezembro.

Taxas de juros elevadas na maior economia do mundo atraem para os EUA um fluxo de capital alocado em outras praças, como no Brasil.

Alguns investidores, no entanto, temem que uma guerra comercial enfraqueça a economia do país, o que diminuiria a necessidade de aperto monetário. Na semana passada, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que a disputa poderia afetar o crescimento dos EUA.

Além do Fed, o banco central do Japão encerra nesta terça-feira (31) sua reunião e espera-se que o BC da Inglaterra aumente as taxas de juros na quinta (2).

“Esta será um semana importante no front macro internacional. São eventos -decisões dos BCs e dados dos EUA- que podem alterar a dinâmica recente dos mercados”, escreveu a Guide Investimentos em seu relatório.

No Brasil, na mesma quarta do Fed, o Copom (Comitê de Política Monetária) anuncia sua decisão para a Selic (taxa básica de juros do país). A expectativa é que ela seja mantida em 6,5%.

“Acreditamos que o BCB irá deixar onde está a taxa reiterando em discurso seu tom que vincula a alta recente a um choque”, disse a Spinelli Corretora em seu relatório.

Internamente, investidores também observam o cenário político, conforme partidos entram na reta final para definir coligações para a eleição de outubro. (Folhapress)


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