O dólar caiu frente à maior parte das principais moedas nesta sexta-feira (24), diante da dificuldade do presidente americano, Donald Trump, de conseguir a aprovar na Câmara a proposta que muda o sistema de saúde.
No Brasil, o dólar comercial recuou 0,95%, a R$ 3,1080, devolvendo parte da alta de 1,29% da sessão anterior. Os investidores deixaram de lado as preocupações em relação à reforma da Previdência e a um eventual aumento de impostos. Na semana, o dólar acumulou alta de 0,19%.
A moeda americana acelerou as quedas com sinais de que os deputados republicanos não haviam assegurado votos suficientes para aprovar o chamado “Trumpcare”, que substitui a reforma da saúde do ex-presidente Barack Obama, conhecida como Obamacare. A mudança na saúde é uma das promessas de campanha de Trump.
Na reta final do pregão nos mercados financeiros, a liderança republicana na Câmara retirou da pauta a proposta, que deveria ser votada nesta sexta-feira.
“A não aprovação [do projeto da saúde] colocará sérias dúvidas na capacidade de Trump entregar o que foi prometido, podendo revogar o ‘Trump Trade'”, escreve José Faria Júnior, diretor-técnico da Wagner Investimentos, referindo-se à promessa do presidente americano de elevar os gastos e cortar impostos para estimular a economia.
Essa crença na aceleração do crescimento econômico americano e, por consequência, da economia mundial, impulsionou os mercados, principalmente as Bolsas, nos últimos meses.
As taxas dos juros futuros negociados na BM&FBovespa recuaram, seguindo o movimento no câmbio. Neste mercado, investidores buscam proteção contra flutuações dos juros negociando contratos para diferentes vencimentos.
Bolsa
O Ibovespa fechou em alta de 0,51%, aos 63.853,77 pontos. O giro financeiro foi de R$ 7,3 bilhões. Na semana, o índice acumulou queda de 0,55%.
No setor financeiro, Itaú Unibanco PN ganhou 1,08%; Bradesco PN, +1,43%; Banco do Brasil ON, +0,45; e Santander unit, -0,06%.
As ações preferenciais da Petrobras caíram 0,66% e as ordinárias subiram 0,21%. Os papéis da Vale perderam 1,48% (PNA) e 0,82% (ON). (Folhapress)
Leia mais sobre: Economia