23 de novembro de 2024
Economia

Dólar recua para R$ 3,72 e fecha semana em queda

O dólar fechou em baixa ante o real nesta sexta-feira (27), em reação aos dados da economia americana e sustentado pelo maior otimismo dos investidores com o cenário eleitoral local. A Bolsa brasileira se descolou do tom negativo nos mercados americanos, impactados pelo balanços ruins no setor de tecnologia, e sustentou leve alta.

O dólar comercial recuou 0,77%, para R$ 3,718. Na semana, acumula queda de 1,48% e caminha para fechar julho na primeira baixa desde janeiro. O dólar à vista perdeu 0,2%, cotado a R$ 3,722.

O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas da Bolsa, avançou 0,58%, a 79.866,10 pontos, com volume financeiro de R$ 8,711 bilhões. O indicador subiu 1,65% na semana. 

Lá fora, o Dow Jones, principal índice de Nova York, caiu 0,3%, enquanto o S&P 500 perdeu 0,66%. O índice de tecnologia Nasdaq perdeu 1,46%, pressionado pelas quedas em ações de Twitter e Intel.

Apesar de o PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos ter crescido a uma taxa anualizada de 4,1% no segundo trimestre, ritmo mais rápido em quase quatro anos, o número veio um pouco abaixo da expectativa do mercado e ajudou a tirar a força do dólar no mundo.

Das 31 principais divisas do mundo, 14 avançaram em relação à moeda americana, e o real liderou essa valorização.

Analistas avaliam que, apesar de um primeiro semestre forte para a economia americana, o aperto progressivo na política monetária deve desacelerar o crescimento do PIB dos EUA no próximo ano.

“O ritmo de 4,1% no 2º trimestre (anualizado) marca uma ‘virada de importância histórica’, afirmou o presidente [dos Estados Unidos, Donald] Trump. Economistas, no entanto, seguem céticos quanto à manutenção deste ritmo nos próximos trimestres”, avaliou a Guide Investimentos em relatório.

A guerra comercial também pode pesar na perda de fôlego. 

O presidente do Federal Reserve (banco central dos EUA), Jerome Powell, disse que a guerra comercial poderia afetar o crescimento do país e manteve a indicação de gradualismo na política monetária do país.

No cenário local, o mercado segue otimista com a possibilidade de fortalecimento da candidatura de seu candidato preferido, o tucano Geraldo Alckmin. 

Pela manhã, pesquisa de intenção de votos da XP Investimentos mostrou que Alckmin cresceu levemente, dentro da margem de erro. No cenário sem candidato do PT, o tucano apareceu com 10% dos votos, ante 9% no levantamento anterior, junto com Ciro Gomes (PDT) e atrás de Jair Bolsonaro (PSL), com 23% e Marina Silva (Rede), com 12%. (Folhapress)


Leia mais sobre: Economia