22 de novembro de 2024
Mercado financeiro • atualizado em 12/04/2023 às 19:07

Dólar fecha abaixo de R$5 e fica no menor patamar desde 2022

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, encerrou com alta de 0,64%
Dólar atinge menor patamar nos últimos 10 meses. (Foto: Divulgação )
Dólar atinge menor patamar nos últimos 10 meses. (Foto: Divulgação )

O dólar comercial apresentou queda de 1,32% na sessão desta quarta-feira (12) e ficou em R$ 4,942. Pela primeira vez este é o menor valor desde junho de 2022. A informação é do site UOL.

Por outro lado, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, encerrou com 106.888,71 pontos. Ou seja, uma alta de 0,64%.

Em março de 2023, o índice de preços ao consumidor norte-americano, subiu 0,1%. Em fevereiro deste ano, o avanço foi de 0,4%, segundo dados divulgados nesta quarta-feira.

De acordo com o diretor da consultoria Wagner Investimentos, José Faria Júnior, o índice de preços dos EUA veio “benigno”, a inflação no país está cedendo e o Federal Reserve deve fazer apenas mais um aumento de juros.

“Aqui no Brasil, o dólar estava exagerado em função das dúvidas em relação ao governo. Agora estamos vendo a moeda norte-americana abaixo de 5 reais”, pontuou José Faria Júnior.

Ainda de acordo com José Faria, no Brasil, como a taxa é de 13,75% ao ano, o juro real ainda ficará elevado. “Como o juro americano está parando na faixa de 5% ao ano, e o Brasil tem taxa de 13,75% ao ano, o juro real ficará muito elevado ainda. Por enquanto, ainda teremos um diferencial de câmbio bastante elevado”, acrescenta.

Nesta terça-feira (11), a moeda já havia fechado no menor valor desde o dia 10 junho de 2022. O valor foi afetado por dados da inflação de março que vieram abaixo do esperado, além da alta de commodities como o petróleo e o minério de ferro no exterior.

Assim, com a inflação do mês de março bem menor do que o esperado pelos investidores, houve busca de ativos de maior risco, como as ações de empresas brasileiras, o que favoreceu o real. O mercado também avalia que o novo arcabouço fiscal, apresentado recentemente pelo governo, também reduz as chances de descontrole da dívida pública.


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