18 de novembro de 2024
Economia • atualizado em 13/02/2020 às 00:38

Dólar cai e Bolsa sobe após declarações de Trump e à espera de decisão do BC

O dólar operou boa parte desta quarta-feira (11) em alta no mundo todo, em meio à cautela dos investidores com a entrevista coletiva do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, realizada à tarde.

No entanto, após o evento, a moeda americana perdeu força, com os investidores avaliando que o republicano deu poucas indicações sobre sua futura política econômica. Trump assume o cargo no próximo dia 20.

“Trump ficou mais tempo se defendendo de acusações relacionadas à Rússia, e os investidores entenderam que a alta do dólar vista mais cedo foi exagerada”, afirma Raphael Figueiredo, analista da Clear Corretora.

Após ter atingido a máxima de R$ 3,2310, o dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,21%, a R$ 3,1920, renovando o menor patamar desde 8 de novembro, dia da eleição presidencial americana. A moeda americana a vista, cuja negociação termina antes, caiu 0,14%, a R$ 3,1933, também a cotação mais baixa em dois meses.

Os investidores ainda se mantinham cautelosos, à espera da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central sobre a taxa básica de juros (Selic). A maior parte do mercado esperava redução de 0,50 ponto percentual, para 13,25% ao ano, mas os membros do colegiado surprenderam ao optar por um corte maior, de 0,75 ponto percentual, para 13,00% ao ano.

“O corte de 0,50 ponto percentual já estava precificado, e a redução de 0,75 ponto deve provocar grande impacto no mercado nesta quinta-feira”, avalia Rafael Ohmachi, analista da Guide Investimentos.

No mercado de juros futuros, as taxas subiram, depois das fortes quedas na sessão anterior. O contrato de DI para janeiro de 2018 passou de 11,330% para 11,335%; o contrato de DI para janeiro de 2021 avançou de 11,100% para 11,110%; e o DI para janeiro de 2026 saltou de 11,400% para 11,455%.

Bolsa

Depois de ficar volátil antes das declarações de Trump, o Ibovespa fechou em alta de 0,51%, aos 62.446,26 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,8 bilhões.

Ajudadas pela alta de quase 4% do petróleo no mercado internacional, as ações da Petrobras subiram 1,16% (PN) e 2,49% (ON).

Com a alta do minério de ferro na China, as ações da Vale ganharam 2,82% (PNA) e 2,06% (ON).

No setor financeiro, as ações do Itaú Unibanco subiram 0,19%. Bradesco PN, +0,75%; Bradesco ON, -0,98%; Banco do Brasil ON, +1,06%; Santander unit, +0,64%; e BM&FBovespa ON, +0,46%.

As ações preferenciais da Gerdau lideraram as altas do Ibovespa, com +5,17%, seguidas por Metalúrgica Gerdau, que subiu 4,91%. Segundo Rafael Ohmachi, da Guide Investimentos, os papéis foram beneficiados com a perspectiva de que a economia americana ganhe impulso sob Trump. A Gerdau mantém negócios nos Estados Unidos.

Na outra ponta, as ações da CCR caíram 3,65%. Os papéis reagiram à notícia da Folha de S.Paulo de que o projeto que previa obras imediatas de até R$ 3,5 bilhões na rodovia Presidente Dutra (SP-RJ), administrada pela CCR Nova Dutra, foi arquivado pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).

Folhapress

Leia mais:


Leia mais sobre: Economia