Em ritmo de Natal e Ano Novo, os mercados financeiros operam com baixos volumes de negócios nesta semana. No Brasil, o dólar caiu pelo segundo pregão seguido e a Bolsa fechou em alta nesta terça-feira (20).
Segundo operadores, a ausência de notícias negativas, tanto no campo político quanto no exterior, contribui para a valorização do real.
No entanto, mantém-se uma certa cautela em relação a possíveis desdobramentos de delações premiadas de executivos da Odebrecht, no âmbito da Operação Lava Jato. Os temores são de que as denúncias comprometam a governabilidade do presidente Michel Temer.
Para Cleber Alessie, operador de câmbio da corretora H.Commcor, com o alívio na tensão política, predominou o otimismo em relação ao avanço do ajuste fiscal. “Muitos investidores que buscaram proteção em dólar para o final do ano estão vendendo a moeda, deixando espaço para uma correção no câmbio”, afirma.
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,94%, a R$ 3,3430. A moeda americana à vista perdeu 0,69%, a R$ 3,3524.
No mercado de juros futuros, os contratos de prazo mais curto fecharam em alta, após as quedas recentes, enquanto os de longo prazo continuaram em baixa, refletindo a menor percepção de risco.
Bolsa
Depois da queda de 2,19% na sessão anterior, o Ibovespa operou com volatilidade. O principal índice da Bolsa se recuperou na reta final do pregão e fechou em alta de 0,83%, aos 57.582,89 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6 bilhões.
Cielo ON subiu 4,98%, liderando o ranking de maiores altas do Ibovespa. As ações da companhia reagiram às declarações do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, de que as medidas para redução do custo do crédito rotativo e do prazo para as empresas de cartão de crédito repassarem valores a lojistas não serão anunciadas agora.
Entre os bancos, Itaú Unibanco PN ganhou 2,54%; Bradesco PN, +2,16%; Bradesco ON, +0,76%; Banco do Brasil ON, +1,62%; e Santander unit, +1,24%.
As ações da Vale subiram 1,53% (PNA) e 2,03% (ON). Os papéis da Petrobras recuaram 0,06% (PN) e 0,17% (ON).
Folhapress
Leia mais sobre: Economia