23 de dezembro de 2024
Destaque 2

Do Carmo contesta pré-candidatura de Meirelles ao Senado: “Ele é um estranho em Goiás”

(Foto: Divulgação/Instagram)
(Foto: Divulgação/Instagram)

O senador Luís do Carmo não ficaria frustrado se daqui alguns meses, o governador Ronaldo Caiado (DEM) declara apoio à Henrique Meirelles na vaga ao Senado Federal disponível na chapa majoritária, no entanto, faz ressalvas: “Só que o que o Meireles fez por Goiás? Ele ganhou e nem o diploma dele veio buscar e agora quer sair candidato? O que ele pensa que ele fez? Ele é um grande homem, sábio… Mas politicamente em Goiás decepcionou muito. Saiu e nunca mais voltou e agora quer voltar?”, disparou, em entrevista ao Diário de Goiás, nesta segunda-feira (05/07).

Para do Carmo, faz diferença há essa altura do campeonato, que o candidato conheça o Estado pelo qua vai se candidatar. Ele fez referência a si próprio e ao colega e ex-senador Wilder Morais, como parlamentares “com raízes” e que nunca largaram Goiás para conduzirem suas respectivas carreiras. “Ele é secretário em São Paulo, porque ele não sai por lá? Só por ele ser goiano? Eu não fico frustrado não, mas vou disputar com ele no voto. A democracia é a melhor coisa e eu tenho certeza que no voto ele não ganha. Ele pode ter muito dinheiro, mas prestígio em Goiás em termo de votos ele não tem. Se ele não usar o dinheiro, ele perde qualquer eleição”, disparou.

Por fim, fez campanha para que Caiado dê palanque a um político que “conheça Goiás”. Henrique Meirelles não faz esse perfil. “Agora não pode chegar um estranho e querer tomar o lugar. Para com isso… E ele não está com aqui. Ele é um estranho em Goiás porque ele nunca trabalhou em Goiás”, complementou.

‘Será que temos força para vencer Caiado?’, indaga Luís do Carmo sobre possível aliança com o DEM

Para o senador Luiz do Carmo, com o período eleitoral se avizinhando, o momento é de reflexão e discussão. Não que seja a favor de uma aliança com o DEM mas ele pondera que se o MDB for concorrer com um candidato ao Governo do Estado, tem de ser “para ganhar” e indaga: “Qual é o melhor para o partido? É ter candidato próprio? Fazer composição com o [governador] Ronaldo Caiado? Será que temos força para vencer ele? É algumas perguntas que temos que ter resposta”.

Ele considera que uma ‘saída honrosa’ para o partido, com a perda de dois grandes quadros da legenda: a aposentadoria de Iris Rezende e a fatalidade da morte de Maguito Vilela, seja um acordo com o Palácio. “Não que eu não seja a favor de lançar candidatura própria, eu sou a favor, mas com chances de ganhar. Eu tenho 20 anos de MDB e nunca fui governo, sempre fui oposição. Será que nesse momento não é melhor fazer acordo? Mas estou com o partido e o que o partido decidir eu estou junto, mas o Caiado está fazendo uma boa gestão e temos de reconhecer isso.”

Apesar das dúvidas com relação à uma candidatura forte, Do Carmo não hesitou em disparar elogios aos nomes dos colegas partidários, mas o importante é não fazer ‘oposição por oposição’. “O Gustavo e o Daniel são excelentes quadros do MDB como vários prefeitos, de Jataí, Mineiros… O partido é grande e temos de conversar. Nós não podemos fazer oposição por oposição.”


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