SALVADOR, BA (FOLHAPRESS) – Em tempos de escassez, o PT é palco de uma ferrenha disputa entre as bancadas de deputados federais e estaduais.
Reunido na última quinta-feira (15), o comando do partido aprovou uma resolução que prioriza os candidatos à Câmara dos Deputados na distribuição dos recursos do fundo eleitoral.
A fatia do partido ainda não está definida, mas o PT prevê queda expressiva com relação à última eleição.
Sob forte pressão de seus deputados federais, a Executiva Nacional do PT elencou uma ordem hierárquica.
A candidatura à Presidência da República encabeça a lista, seguida por Câmara de Deputados, Senado, governos estaduais e, por fim, deputados estaduais.
A resolução determina também que sejam privilegiados os candidatos à reeleição e os que apresentem maior viabilidade eleitoral.
Pelo menos quatro integrantes da cúpula partidária vão concorrer às próximas eleições.
“Os recursos do fundo eleitoral não serão suficientes para financiar todas as candidaturas no nível que o partido gostaria”.
A medida centraliza ainda os critérios de distribuição nas mãos do comando nacional do partido.
Segundo petistas, alguns deputados federais até ameaçaram deixar o PT, valendo-se da janela temporariamente aberta para migração partidária, caso suas reivindicações não fossem atendidas.
Integrada por deputados federais e senadores, a Executiva do PT aprovou a proposta por 15 votos a 2.
Vice-presidente do PT, Paulo Teixeira (SP) foi um dos porta-vozes dos deputados durante a reunião.
Voto vencido, o secretário-geral do PT, Romênio Pereira, avisou que recorrerá ao Diretório Nacional, instância máxima do partido.
“Há muitos deputados estaduais no diretório. Eles têm que ser ouvidos”.
Desde o impeachment de Dilma Rousseff, em 2016 e as investigações da Lava Jato, o PT vive uma severa crise financeira, tendo inclusive parcelas de seu Fundo Partidário suspensas.
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