10 de agosto de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 09:29

Dissidentes do PSB emplacam comando da Codevasf

Deputado federal Heráclito Fortes (PSB). (Foto: EBC)
Deputado federal Heráclito Fortes (PSB). (Foto: EBC)

O deputado federal Heráclito Fortes (PSB-PI) emplacou um aliado no comando da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), um dos órgãos federais mais cobiçados do Nordeste.

Fortes faz parte do grupo de parlamentares do PSB afinado com o presidente Michel Temer (PMDB) e que negocia uma migração para o DEM com o aval do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.

Assume a presidência da Codevasf Antônio Avelino Rocha de Neiva, ex-secretário estadual no Piauí no governo Wilson Martins (2011-2014). A nomeação foi publicada nesta segunda-feira (14) no Diário Oficial da União.

Desde a votação da denúncia contra o Temer no Congresso no início do mês, a Codevasf vinha sendo cobiçada por aliados do presidente no Nordeste. Disputavam o posto o grupo de dissidentes do PSB no Nordeste e o PP do senador Ciro Nogueira (PI). Heráclito e Nogueira são adversários no Piauí.

Deixa o comando da Codevasf a servidora federal Kênia Marcelino, indicada para o cargo há pouco mais de um ano pelo senador Antônio Carlos Valadares (PSB).

A perda do posto é mais uma retaliação do governo Temer a aliados que votaram pelo prosseguimento da denúncia do procurador-geral, Rodrigo Janot, que resultaria no afastamento do presidente. O filho do senador, deputado federal Valadares Filho (PSB), seguiu a maioria da bancada do partido e votou pelo avanço da investigação.

Com um orçamento de R$ 690 milhões em 2017, a Codevasf é responsável por executar as obras de revitalização do rio São Francisco, além da implantação de perímetros irrigados.

A estatal é cobiçada por sua capilaridade no Nordeste e em Minas Gerais, onde tem três escritórios de representação e oito superintendências regionais.

Avelino Neiva será o quinto presidente da Codevasf em pouco mais de dois anos, período em que o órgão passou pelas mãos de aliados do PT, PP e PSB. (Folhapress)

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