23 de dezembro de 2024
Articulação

Dirigentes do PSB, Solidariedade e PDT em Goiás avaliam possibilidade de federação

Denes Pereira (Solidariedade), Elias Vaz (PSB) e George Morais (PDT): federação poderia favorecer chapas de vereadores em 2024 (Foto: Reprodução)
Denes Pereira (Solidariedade), Elias Vaz (PSB) e George Morais (PDT): federação poderia favorecer chapas de vereadores em 2024 (Foto: Reprodução)

Com as federações partidárias uma realidade, partidos políticos começam a cogitar seus rumos. As direções nacionais do PSB, Solidariedade e PDT começam a desenhar a possibilidade de se juntarem em uma federação para os próximos quatro anos. PDT e PSB já dialogam há algum tempo, enquanto o Solidariedade entrou para a mesa de conversas recentemente.

Presidente do Solidariedade em Goiás, Denes Pereira diz que apesar do diálogo ser embrionário, recebe o assunto com bons olhos. “Tenho boa relação com os presidentes de ambos os partidos. Tanto com o dr. George como com o Elias. As conversas estão em fase inicial, mas não vejo nenhum impedimento para que a Federação avance”, pontuou ao Diário de Goiás.

O ex-deputado federal Elias Vaz e presidente do PSB em Goiás é o que mais demontra expectativa com a junção. O secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça diz que as conversas estão bem afinadas com o PDT e espera ter o mesmo entendimento com o Solidariedade.

“Em Goiás, tenho relação fraterna tanto com a deputada federal Flávia Morais quanto com o deputado estadual George Morais. São lideranças do PDT que têm o nosso respeito e acredito que vamos construir a federação com muita tranquilidade. No caso do Solidariedade, tenho certeza também que é possível construir essa relação em nível estadual e federal”, destacou.

O presidente do PSB Goiás ressalta ainda que a federação vai facilitar a formação de chapas para vereadores e a construção de projetos para concorrer a prefeituras no estado. “A Federação fortalece não só o PSB, mas todos os partidos envolvidos e abre portas para os nossos filiados na disputa das eleições”, finaliza.

A reportagem não conseguiu ouvir o presidente estadual do PDT, George Morais, mas apurou que tanto o deputado estadual, como a deputada federal Flávia Morais, não demonstraram insatisfação com relação a possível formação da federação.

Como funcionam as federações?

As federações partidárias exigem dos partidos atuação conjunta em torno de um programa, como se fossem uma só sigla, por no mínimo quatro anos. Por terem abrangência nacional – ao contrário das coligações, que têm alcance estadual e são desfeitas após as eleições -, dependem de negociações mais robustas e da superação de divergências ideológicas e locais. O mecanismo interessa sobretudo a legendas menores, ameaçadas pela cláusula de desempenho, que condiciona o acesso ao fundo partidário e ao tempo de TV a um mínimo de votos nas eleições.

Em caso de desistência da federação antes do prazo de quatro anos, a sigla pode ser penalizada com a proibição de uso dos recursos do fundo partidário pelo prazo remanescente do acordo. A afinidade ideológica entre as siglas é, portanto, parte fundamental do processo de aglutinação, pois serve para evitar atritos insuperáveis entre programas ideológicos antagônicos.


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