19 de novembro de 2024
Mundo • atualizado em 13/02/2020 às 00:38

Diretor do FBI será investigado por caso dos emails de Hillary

Candidata cancelou compromissos de campanha (Imagem: Fotos Públicas)
Candidata cancelou compromissos de campanha (Imagem: Fotos Públicas)

O Departamento de Justiça dos EUA anunciou nesta quinta (12) que vai abrir uma investigação sobre as ações do próprio departamento e do FBI nos meses antes das eleições de 2016, inclusive sobre decisões de James Comey, diretor do FBI.

Democratas culpam Comey e a forma como ele conduziu a investigação sobre o uso de email privado pela candidata Hillary Clinton, dizendo que isso pode ter lhe custado a eleição. No final de outubro, Comey divulgou uma carta sobre o caso em que dizia que novas mensagens estavam sendo investigadas.

O inspetor-geral do Departamento de Justiça, Michael Horowitz, afirmou que investigaria se protocolos do departamento e do FBI foram seguidos por Comey no caso.

Uma das ações investigadas é a entrevista coletiva dada por Comey em julho de 2016, na qual ele disse que o FBI não recomendaria que Hillary fosse acusada de nenhum crime, mas afirmou que a candidata e sua equipe foram “extremamente descuidados”.

O departamento também vai investigar duas cartas enviadas por Comey ao Congresso sobre o caso dias antes das eleições de 2016.

Clinton e sua equipe dizem que o fato de Comey ter mencionado “novos emails” –achados em laptop pertencente a Anthony Weiner, marido de Huma Abedin, então assessora de Hillary– prejudicaram a candidata democrata em vários Estados na votação.

Dois dias antes das eleições, em 6 de novembro, Comey disse que a análise dos emails encontrados com Weiner não havia trazido nenhum novo indício contra Hillary.

Críticas

O diretor do FBI sofreu críticas por divulgar a existência dos novos emails a poucos dias das eleições. Em carta a Comey encabeçada pelo ex-secretário de Justiça Eric Holder, 99 procuradores federais criticaram o chefe do FBI pela decisão, que chamaram de “convite a especulação considerável do público”.

Na carta, os procuradores se dizem “perplexos” com o comportamento de Comey, que consideram “sem precedentes” e uma ameaça à imagem de independência do sistema judiciário.

Folhapress

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