28 de novembro de 2024
Economia

Dinheiro vivo já não é usado por 4% da população, diz BC

Ilustração. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)
Ilustração. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

Cerca de 4% da população já não usa mais dinheiro vivo na hora de fazer compras ou pagar contas, mostra uma pesquisa feita em abril e divulgada nesta quinta-feira (19) pelo Banco Central.

O mesmo levantamento, realizado a partir de entrevistas com mil pessoas, mostra ainda que o uso do cartão de débito superou o do cartão de crédito.

A última pesquisa similar feita pelo BC, em 2013, mostrava que 100% dos entrevistados diziam usar dinheiro nas suas transações.

Na época, 35% dos entrevistados afirmaram usar também o cartão de débito como forma de pagamento. Esse percentual saltou para 52% na pesquisa feita em abril, de acordo com a autoridade monetária.

No caso do cartão de crédito, o número de entrevistados que citavam uso era de 39% em 2013, percentual que subiu para 46% na pesquisa atual.

Frequência

Quando a pergunta da pesquisa foi de qual o meio de pagamento mais utilizado, o dinheiro é citado por 60% dos respondentes. O cartão de débito aparece em segundo lugar, com 22%, e em terceiro lugar o cartão de crédito, com 15%.

“Quanto menor o valor, mais frequente o pagamento em dinheiro. Geralmente, despesas do dia a dia são pequenas”, afirmou Fábio Bollmann, chefe-adjunto do Departamento do Meio Circulante do BC.

Atualmente, 48% da população recebe o salário ou pagamento através de depósito em conta corrente, poupança ou salário.

Entretanto, 29% das pessoas afirmaram ainda receber seus pagamentos em dinheiro. Somente 0,4% tem seu pagamento feito através de cheque, segundo a pesquisa.

Outros 22% não têm renda, e o restante não respondeu a pesquisa.

Moedas

A pesquisa mostrou ainda que apenas 54% dos entrevistados responderam que portam moedas para facilitar pequenas compras ou dar de troco, enquanto que 26% afirmaram que guardam moedas em casa ou no trabalho.

Dos que guardam moedas, 59% as mantém por até um mês, e 21% entre mais de um mês até seis meses.

Atualmente, segundo o BC, há mais de 8 bilhões de moedas fora de circulação no Brasil. (Folhapress)

 


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