Brasília – Às vésperas do fim do prazo legal para sancionar a Medida Provisória 664, que reformou regras da Previdência Social, a presidente Dilma Rousseff reúne sua equipe no início da noite deste domingo para discutir um ponto polêmico incluído no texto: o fim do fator previdenciário. Ao analisar a matéria, deputados e senadores incluíram no texto a adoção da chamada fórmula 85/95, que permite a aposentadoria integral quando a soma da idade e do tempo de contribuição atingir 85 (mulheres) ou 95 (homens).
O governo considera que a fórmula 85/95 coloca em risco o equilíbrio do sistema previdenciário. Segundo afirmou na semana passada o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, ela cria uma “contrarreforma”. A ideia é adotar uma alternativa “progressiva”, segundo adiantou Dilma em entrevista exclusiva ao Estadão na semana passada.
As alternativas à fórmula 85/95 deverão ser apresentadas às centrais sindicais nesta segunda-feira, 15, pelos ministros da Previdência, Carlos Gabas, e da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto. A ideia é discuti-las no Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e de Previdência Social, criado por Dilma em abril passado.
As seis maiores centrais sindicais do País aprovaram nota conjunta na última sexta-feira, 12, na qual pedem que Dilma não vete a fórmula 85/95 ao sancionar a MP 664. Elas prometem fazer uma vigília em frente ao Palácio do Planalto na noite de terça-feira para pressionar contra o veto. O prazo final para a sanção da matéria é quarta-feira.
(Estadão Conteúdo)
Leia mais sobre: Brasil