28 de dezembro de 2024
Brasil

Dilma afirma que não vai reduzir direitos trabalhistas

Os presidenciáveis tiveram agente cheia ontem, a presidente Dilma Rousseff (PT) Defendeu o direito dos trabalhadores, o candidato Aécio Neves (PSDB) reforma do Código Penal e Marina Silva (PSB) afirmou que tem experiência administrativa.

Dilma Roussef

A presidenta Dilma Rousseff, que disputa a reeleição pelo PT, afirmou que não fará reformas na lei trabalhista que reduzam direitos dos trabalhadores, “nem que a vaca tussa”. Segundo Dilma, o direito às férias e ao décimo terceiro salário está entre os itens que não podem ser alterados para atender a interesses de empresários.

“Eu não mudo direitos na legislação trabalhista. Férias, décimo terceiro, FGTS [Fundo de Garantia do Tempo de Serviço], hora extra, isso não mudo nem que a vaca tussa”, enfatizou a candidata, em entrevista após encontro com empresários na Associação Comercial e Industrial de Campinas, no interior paulista.

Em alguns casos, segundo Dilma, é possível fazer adaptações na lei, mas sem reduzir direitos, como no caso de trabalho de jovens aprendizes em micro e pequenas empresas. A candidata lembrou que a lei determina que os empresários paguem pela formação dos aprendizes, mas, para estimular a contratação, o governo anunciou na última semana que, nesses casos, a formação será custeada com recursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

 Aécio Neves

 

O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, propôs uma série de medidas para aumentar a segurança no país, como o controle mais efetivo das fronteiras, a reforma do Código Penal e de Processo Penal. Ele ainda disse que irá rever parcerias com países que produzem matérias-primas para drogas ilícitas.

O candidato também disse que, se eleito, não estabelecerá parceria com países que não tiverem programas de combate à produção de drogas. “O Brasil tem um número grande de parcerias com esses países e não cobra, em contrapartida, nenhuma ação efetiva desses países para coibir a produção de drogas, que atravessa as nossas fronteiras de forma absolutamente livre e vem matar vidas aqui no Brasil”, disse.

Luciana Genro

A candidata à Presidência pelo PSOL, Luciana Genro, voltou a criticar o modelo adotado atualmente para a distribuição de unidades habitacionais por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida. A socialista disse que as empreiteiras escolhem os locais mais distantes para construir as casas, sendo necessária a transferência do controle da política a entidades ligadas a movimentos populares.

Segundo Luciana, há muitos anos ocorre no Brasil uma situação em que os pobres vão sendo expulsos das regiões que passam a receber mais infraestrutura. “Quando chega ônibus, metrô, eles acabam indo para mais longe. Isso precisa mudar”, defendeu a candidata, repetindo sua proposta de cumprir o Estatuto das Cidades, que prevê a desapropriação de um imóvel que não cumpre sua função social.

Marina Silva

A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, rebateu as críticas que vem recebendo das campanhas de seus concorrentes diretos, Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), de que ela não tem experiência em gestão para governar o Brasil.

Marina elencou as diversas conquistas que teve à frente do Ministério do Meio Ambiente durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando ficou cinco anos e meio à frente da pasta.

Ela citou a redução de 2 bilhões de toneladas de gás carbônico, a execução de um plano que reduziu em 80% o desmatamento, a criação de 24 milhões de hectares em unidades de conservação e a criação do Serviço Florestal Brasileiro. Além disso, ela também destacou sua experiência no Senado.


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