A cúpula do PSDB decidiu adiar a definição do partido sobre fechar ou não questão a favor da reforma da Previdência.
A expectativa era de que os tucanos decidissem na reunião da Executiva convocada para o final da manhã desta quarta-feira (6) se obrigaria todos os seus deputados a votar favoravelmente às alterações na Previdência, sob risco de punição aos rebeldes.
No entanto, com a ameaça de deputados da legenda não comparecerem ao encontro convocado pelo presidente interino do PSDB, Alberto Goldman, decidiu-se não tratar do assunto agora.
“Não entrará na pauta da reunião de hoje do PSDB o fechamento de questão sobre o tema. Presidente em exercício da sigla, Alberto Goldman explica que esse debate ocorrerá quando houver data marcada para a votação da Reforma, bem como o texto final a ser votado”, diz nota distribuída pela assessoria de imprensa do PSDB.
De acordo com o comunicado, a reunião da Executiva contará com a presença do secretário da Previdência, Marcelo Caetano, e do relator da Reforma da Previdência na Câmara, Arthur Maia (PPS-BA), para explicar as mudanças no texto que saiu da comissão especial, no início do ano.
O PSDB na Câmara tem 46 votos tidos como cruciais para o governo, que ainda está longe dos 308 votos que precisa para aprovar a PEC (proposta de emenda à Constituição).
A crise entre PSDB e governo vem se agravando desde a semana passada, quando o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) disse que os tucanos não integram mais a base aliada do presidente Michel Temer.
No início desta semana, a situação ficou ainda mais complicada depois que, em entrevista à Folha de S.Paulo, o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) fez críticas ao partido e disse que o governador de São Paulo, Geraldo Alckcmin (PSDB), não será o candidato do Palácio do Planalto à Presidência da República em 2018.
Nenhum parlamentar tucano compareceu ao café da manhã promovido por Temer nesta manhã para discutir apoio à reforma da Previdência.
O único integrante do PSDB que estava presente era o ministro Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo).
O tucano resiste em deixar o cargo, que deve ser ocupado pelo deputado Carlos Marun (PMDB-MS). (Folhapress)
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