O dia 18 de maio não é apenas o Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, mas também o Dia da Luta Antimanicomial. Em Aparecida de Goiânia, a Secretaria de Saúde disponibiliza diversos tratamentos em Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e Ambulatórios de Psicologia e de Psiquiatria.
De acordo com a psicóloga e coordenadora do Caps Bem me Quer, Hellen Fátima de Sousa Fernandes, o 18 de maio é um dia de luta e de vitória, além de uma data para relembrar tudo que já foi vivenciado no Brasil em manicômios.
“É um dia que a gente trabalha pelo direito de livre-arbítrio, de escolha do próprio tratamento que a pessoa decide fazer sem estar em um lugar fechado, onde ela acaba não tendo seus direitos respeitados. A luta representa todo o momento que foi vivenciado no Brasil e que, através disso, várias instituições e unidades, como o Caps, foram criados para substituir os serviços de internação”, explicou a psicóloga.
Segundo Hellen, em Aparecida de Goiânia o maior desafio dos profissionais que atuam nessa área é mostrar ao paciente ou usuário de transtorno mental, seja psiquiátrico ou por dependência química, que é importante fazer o tratamento.
“Como a gente sempre trabalha com o deseja da pessoa de tratar, talvez naquele momento ela não percebe que precisa. Às vezes, o álcool para ela naquele momento traz um benefício que talvez o tratamento não vai trazer. Então, infelizmente as pessoas têm o momento para que perceba, de acordo com que está vivendo, com as perdas, para fazer o tratamento. Nosso desafio maior é mostrar para elas que o tratamento é importante, mas também tem que haver o desejo delas, a vontade de se tratar, sentir a necessidade daquele tratamento”, disse Hellen.
Atualmente em Aparecida de Goiânia existem quatro unidades do Caps que fazem o atendimento de crianças e adultos. Especialmente para adultos que sofrem de transtorno psiquiátrico existe uma unidade localizada no Jardim Iracema, próximo ao Centro; para tratamento de álcool e drogas, o Caps do Jardim Nova Era, próximo ao Terminal do Cruzeiro.
Especialmente para crianças e adolescentes, também existem duas unidades: uma, voltada para transtorno psiquiátrico, localizado na Vila Brasília, próximo ao Terminal Vila Brasília; e a unidade voltada para álcool e drogas infantil, na BR-153, setor Agroindustrial.
Além disso, o município também conta com um consultório de rua, que fornece atendimento a pessoas em condição de rua ou pacientes que não querem ir ao Caps. “Quando a família não consegue trazer o usuário para o Caps, a gente pode tentar criar esse vínculo na casa da pessoa”, informou Hellen Fátima.
Para o tratamento, os usuários contam com apoio de médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, farmacêuticos, musicoterapeutas, pedagogos e outros especialistas.
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