20 de dezembro de 2024
Cidades

Dez Colégios Militares devem ser instalados em Goiás em 2018

Dez novos Colégios da Polícia Militar estão em fase de implantação no Estado de Goiás. Segundo o governo estadual, serão localizados em: Águas Lindas de Goiás, Goianápolis, Itapuranga, Luziânia, Mineiros, Pontalina, Santa Helena de Goiás, São Luís de Montes Belos, São Miguel do Araguaia e Vianópolis. Com estas novas unidades, serão 45 instituições sob responsabilidade da corporação.

De acordo com o comandante de Ensino da PM, coronel Anésio Barbosa Júnior, a expansão desse modelos educacional foi expandida, em razão de um interesse manifestado pela sociedade. “Houve uma procura e aceitação muito grande por parte da sociedade. O diferencial das escolas militares é a busca pela melhoria do ensino com a participação efetiva da comunidade, na tentativa de identificar e resolver os problemas e desenvolver as melhores práticas educacionais”, disse ele.

O modelo de ensino foi se expandindo gradativamente a partir de 2013, quando haviam apenas seis unidades em todo o estado. Naquele ano, houve o acréscimo de 12 unidades e foram mais 9 entre 2014 e 2015, além de oito em 2016. Atualmente, cerca de 40 mil estudantes cursam a segunda fase do ensino fundamental e o ensino médio nas 35 unidades geridas pela PM.

O ingresso de novos alunos se dá por sorteio das vagas. O conteúdo curricular das instituições é praticamente o mesmo, distinguindo-se pela oferta das matérias de Civismo e Cidadania, ministradas por militares que ensinam valores humanos e a disciplina no dia a dia. “Mas não há nenhum processo de castração nem limitação dos alunos”, observa.

Os PMs exercem funções administrativas, como fazer as chamadas dos alunos e o contato com os pais, visando, segundo ele, à otimização de resultados, já que os professores podem se dedicar mais às atividades em sala de aula.

Implantação das unidades

Conforme explicação do coronel Anésio Barbosa Júnior, antes da instalação do colégio é necessário um estudo de situação junto à comunidade. “O governo estadual aciona o Comando de Ensino da PM, que identifica as características e potencialidades da escola para que este desejo se torne realidade e faz uma consulta por meio de reuniões”, afirmou.

O índice de aprovação da comunidade não deve ser inferior a 80%. Segundo o governo de Goiás, nas 35 instituições existentes hoje e distribuídas em 26 municípios goianos, a escolha foi por aclamação.

Ainda de acordo com o comandante de ensino da PM, as instituições vinculadas a corporação não são construídas, mas passam por um processo de adaptação, transição para o novo modelo de ensino. A mudança deve, necessariamente, ser tratada por meio de projeto de lei, a ser aprovada na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás – etapa que já foi vencida com as dez unidades em questão.

“Agora é formar as equipes para encampar o projeto”, disse o coronel. Para preencher os quadros, é preciso ter pelo menos 16 policiais militares para cada unidade. A função deve ser exercida por policiais aposentados que tenham interesse em retomar as atividades e prestaram sua parcela de contribuição com a iniciativa. A expectativa é de que as instituições já sejam geridas pela corporação no ano letivo de 2018.

Enem

Barbosa avalia que o projeto pedagógico adotado pela PM, em parceria com a Secretaria Estadual de Educação (Seduce), está no caminho certo. Prova disso é o desempenho no ranking do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016 em Goiás, no qual colégios militares ocupam os cinco primeiros lugares da rede estadual de ensino.

São elas: Colégio Cézar Toledo, em Anápolis, com 545 pontos; Colégio Hugo de Carvalho Ramos, em Goiânia, com 543 pontos; Colégio Carlos Cunha, em Rio Verde, com 539 pontos; Colégio Vasco dos Reis, em Goiânia, com 534 pontos; e Colégio Dionária Rocha, em Itumbiara, com 517 pontos.

Essa é a pontuação média geral dos alunos por unidade. “Nossa maior preocupação é contribuir para que esses jovens possam se capacitar para o desenvolvimento das suas vidas, para a realização de seus sonhos, que possam ser produtivos e ingressar no mercado de trabalho”, conclui.


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