08 de agosto de 2024
Política

Deu no site da Época: novas ligações telefônicas aproximam governador de Goiás de Cachoeira

O site da revista Época retoma o assunto das ligações telefônicas entre Carlinhos Cachoeira e o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Um telefone atribuído ao governador foi encontrado na agenda do aparelho móvel de Cachoeira e, segundo o site da revista, foram feitas ligações da sede da Delta para o número identificado.

 A notícia informa que “A CPI do Cachoeira, ofuscada pelo julgamento do mensalão, está quase encerrada. Em seus últimos esforços, porém, identificou chamadas telefônicas de envolvidos com a organização criminosa do bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, oCarlinhos Cachoeira, para o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Desde o início do caso, em fevereiro, Perillo afirma ter tido apenas três encontros “casuais” com Cachoeira. A CPI identificou outros indícios. Na noite de 15 de fevereiro, uma quarta-feira, o número (61) XXXX-8020, registrado em nome da construtora Delta, ligou duas vezes para (62) XXX-0545, que aparece na agenda telefônica de Cachoeira como sendo de Marconi Perillo. Pouco antes das ligações, Cachoeira estava em companhia de dois dos principais assessores de Perillo na ocasião: Eliane Pinheiro, sua então chefe de gabinete, e Edivaldo Cardoso, diretor do Detran. Nos dias anteriores a essas ligações, Cachoeira, que despachava no escritório da Delta, mantinha contato com o então senador Demóstenes Torres para tentar marcar audiência com uma “figura importante”. Até agora Perillo negou os indícios de contatos seus com Cachoeira ou pessoas ligadas a ele”

A matéria também informa que “As investigações reforçam ainda mais a tese de que Carlinhos Cachoeira se aproximava de políticos para proteger seus ativos no ramo de jogos ilegais e ampliar negócios com a administração pública por meio da Delta. A Polícia Federal descobriu que Perillo vendeu ao bicheiro uma casa em um condomínio de luxo, em Goiânia. O dinheiro veio da Delta e passou por empresas de fachada. Segundo a PF, Perillo exigiu R$ 500 mil a mais na venda da casa para facilitar a liberação de recursos para a empreiteira. O dinheiro, de acordo com a PF, foi entregue a Lúcio Fiúza, ex-assessor especial do governador. No ano passado, Fiúza emprestou R$ 150 mil a Perillo, segundo a declaração de bens do governador encaminhada pela Receita Federal à CPI. Ainda segundo a polícia, Antônio Perillo, irmão do governador, falava com Cachoeira e orientava integrantes da organização sobre licitações públicas. Ao menos sete assessores de Perillo falavam frequentemente com Cachoeira, entre eles a então chefe de gabinete Eliane Pinheiro. A CPI encontrou ainda indícios antigos de ligações de Cachoeira com Perillo. Em 21 de setembro de 2007, Geovani Pereira da Silva, tesoureiro de Cachoeira desaparecido desde o dia 29 de fevereiro, ligou do número (62) XXXX-7602 para o (62) XXXX-4747. Esse número consta na lista de contatos telefônicos de Cachoeira (leia quadro abaixo) como sendo do governador Perillo. Os dados mostram que Perillo e integrantes de seu governo tiveram contatos frequentes com Cachoeira. Eles podem ter sido o canal mais usado por Cachoeira para fazer negócios com o Estado e drenar dinheiro público.

Por intermédio de sua assessoria de imprensa, o governador Marconi Perillo afirmou nunca ter recebido ligações de diretores da Delta ou de Geovani Pereira da Silva. Diz nem conhecer Geovani. Sobre os números que aparecem na agenda de Carlinhos Cachoeira, Perillo afirma que as explicações devem ser dadas por Cachoeira e que não utiliza os números que constam da agenda do bicheiro. “Ao final, a CPMI não encontrará nenhuma ligação do governador Marconi com o senhor Cachoeira, e a central de vazamentos direcionados de documentos e gravações, comandada pelo PT, terá conseguido transformar a CPMI do Cachoeira em uma CPMI do governador Marconi”, diz o texto da nota enviada pela assessoria de Perillo. Com o fim da CPI, é possível que nada disso seja desmentido ou comprovado. Ficará o dito pelo não dito”.

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