13 de novembro de 2024
Meio Ambiente • atualizado em 29/02/2024 às 16:40

Desmatamento destruiu equivalente a 1,6 mil campos de futebol no Cerrado, em janeiro de 2024

A área desmatada corresponde a cerca de 51 mil hectares de vegetação derrubada, proporcional ao município de Maceió, capital do Alagoas
Em comparação com o mesmo período de 2023, houve aumento de 10% no desmatamento do Cerrado. Foto: Reprodução
Em comparação com o mesmo período de 2023, houve aumento de 10% no desmatamento do Cerrado. Foto: Reprodução

Somente no mês de janeiro de 2024, o Cerrado brasileiro perdeu para o desmatamento área equivalente a 1,6 mil campos de futebol, o que corresponde a cerca de 51 mil hectares de vegetação nativa, proporcional ao território da cidade de Maceió, no Alagoas. Os dados são provenientes do Sistema de Alerta de Desmatamento do Cerrado (SAD), desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), divulgados nesta quinta-feira (29).

O levantamento também apontou que as áreas mais desmatadas do Cerrado foram na região do Matopiba – que engloba os estados do Maranhão, de Tocantins, do Piauí e da Bahia – cuja derrubada foi de 64%, em janeiro. No ranking do desmatamento de janeiro, os estados que mais desmataram foram Tocantins e Piauí, ambos em torno dos 10 mil hectares de vegetação suprimida, seguidos de Bahia e do Maranhão, ambos em torno dos 9 mil hectares.

Em comparação com o mesmo período de 2023, houve aumento de 10% no desmatamento do bioma. Para o geógrafo e diretor do Instituto Cerrados, Yuri Salmona, os dados demonstram que as secretarias de Meio Ambiente dos estados continuam dando autorização de desmatamento com baixos critérios de monitoramento e transparência.

Segundo estudos sobre o tema, o desmatamento do Cerrado coloca em risco a segurança hídrica dos brasileiros. Considerado o berço das águas do Brasil, o Cerrado é a origem das nascentes de oito das 12 bacias hidrográficas mais importantes do país. É também o segundo maior reservatório subterrâneo de água do mundo, formado pelos aquíferos Guarani e Urucuia.

Com informações da Agência Brasil


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