O presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo (Patriota), poderá não colocar em pauta o projeto de reajuste salarial dos próprios vereadores, secretários do município, vice-prefeito e prefeito de Goiânia. De autoria do vereador Milton Mercez (Patriota), o Projeto de Lei 260 teve sua constitucionalidade aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa e fica agora à disposição do presidente para ir à votação. No entanto há uma pressão de vereadores para que Policarpo não coloque o PL em pauta.
Um vereador, que pediu à reportagem do Diário de Goiás para não ter o nome revelado, disse que seria uma grande surpresa se o presidente Policarpo colocasse o projeto para ser votado. Segundo o vereador o desgaste seria enorme para todos, inclusive poderia prejudicar a própria candidatura de Policarpo à reeleição na presidência da Câmara. Alguns vereadores não quiseram revelar seus votos numa possível votação, segundo eles, que foram procurados pelo DG, é preciso avaliar a reação popular se um projeto como esse for aprovado, sobretudo pelo momento econômico e social que vive o Brasil.
Outro óbice para a aprovação deste projeto seria o desagrado que causaria ao novo governo eleito, que assume em 2021. Maguito Vilela, devido à sua internação para tratamento da covid-19 desde 20 de outubro, não tem conhecimento do projeto, mas o vice-prefeito eleito na chapa de Maguito, Rogério Cruz (Republicanos), disse que não é o momento oportuno para isso.
Romário Policarpo ainda não se manifestou publicamente sobre este reajuste. A próxima sessão na Câmara será na terça-feira (15/12).
A vereadora eleita Gabriela Rodart (DC) é contra o reajuste salarial. Ao DG, ela disse que irá à Câmara no próximo dia 15 de dezembro para se manifestar contrária ao PL.
“Em 15 de dezembro convido a todos para irem à Câmara cobrar dos vereadores para que este aumento não seja aprovado. Vamos exercer nossa cidadania e mostrar que os políticos devem respeito ao povo”, diz Gabriela Rodart.
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