A taxa de desemprego no país no trimestre encerrado em novembro caiu para 12%, divulgou o IBGE nesta sexta-feira (29). O indicador veio abaixo do registrado no trimestre imediatamente anterior, encerrado em agosto, quando a taxa esteve em 12,6%.
Com isso, a população desocupada encerrou novembro em 12,6 milhões de pessoas, queda de 4,1% (ou 543 mil pessoas a menos) frente ao trimestre encerrado em agosto.
Embora tenha melhorado em relação ao trimestre encerrado em agosto, a taxa está acima da registrada no mesmo período do ano passado, quando o percentual ficou em 11,9%.
No período, houve aumento no contingente de pessoas ocupadas, em 1,7 milhão de pessoas. Na outra ponta, contudo, também cresceu o número de desocupados, que teve aumento de 438 mil pessoas.
Os dados são da Pnad Contínua, pesquisa de abrangência nacional no IBGE, que registra empregos formais e informais no país.
Novembro foi o mês em que entraram em vigor as novas regras trabalhistas no Brasil. Pelos dados do Caged, pesquisa sobre trabalho formal do Ministério do Trabalho, houve em novembro o fechamento de 12,3 mil vagas com carteira assinada país. A pesquisa do IBGE, contudo, é mais abrangente, incluindo o mercado informal, e investiga o mercado de trabalho por períodos de três meses.
Pelos dados da Pnad Contínua, a população ocupada no país encerrou novembro em 91,9 milhões de pessoas. O dado, que inclui vagas com e sem carteira assinada, teve alta de 1% em relação ao trimestre encerrado em agosto. No total, 887 mil novas pessoas encontraram um trabalho em novembro.
De acordo com o IBGE, a alta ocorreu, principalmente, devido às contratações de final de ano do comércio e também pelo contínuo aumento da informalidade. A recuperação do emprego observada neste ano ocorre no mercado informal, com aumento de vagas sem registro e do trabalho por conta própria.
O trabalho sem carteira assinada cresceu 3,8% no período. Ao todo, 411 mil pessoas passaram ao emprego sem carteira no trimestre encerrado em novembro, totalizando 11,2 milhões de brasileiros nessa condição. O trabalho por conta própria teve alta de 0,8%, com 193 mil novas pessoas nessa condição -um contingente que totalizou 23 milhões de pessoas.
Paralelamente, houve queda de 0,6% na geração de vagas com carteira, o que significou, na prática, o fechamento de 194 mil postos formais. Havia no país no trimestre encerrado em novembro 33,2 milhões de pessoas na condição de trabalhadores formais.
Natal
De acordo com a Pnad Contínua, o comércio colocou, em novembro, 223 mil novas pessoas no mercado de trabalho. As contratações do comércio ocorrem, em parte, porque o Natal deste ano foi melhor em vendas do que em períodos passados em razão da melhora da economia, ainda que lenta e gradual, e também da liberação, por exemplo, do dinheiro das contas inativas do FGTS à população.
Segundo pesquisa da Serasa Experian, as vendas de Natal em 2017 foram 5,6% melhores que as de 2016, interrompendo sequência de três anos de quedas. (Folhapress)
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