Os desembolsos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no primeiro trimestre tiveram queda de 17% em relação a verificado no mesmo período de 2016.
Os desembolsos totais, que são as liberações de recursos de fato pelo banco, encerraram o primeiro trimestre deste ano em R$ 15,1 bilhões.
O dado, divulgado nesta terça-feira (25), mostra que o nível da atividade econômica do país tende a reagir, embora o banco, e sobretudo sua presidente Maria Silvia Bastos Marques, afirme que nos próprios números da instituição já são perceptíveis sinais de retomada.
Segundo o banco de fomento, os desembolsos menores refletem consultas de anos passados e “demoram um pouco mais a reagir”. O desembolso é a última fase de um financiamento do banco, onde os recursos são de fato liberados. Antes disso, há as fases de consulta, avaliação e aprovação dos pedidos de empréstimo.
Nesta segunda (24), Maria Silvia já havia dito que há processos de análise de crédito que demoram até 2.000 dias para chegar ao desembolso. O banco fará um esforço neste ano para reduzir o período para 180 dias em pelo menos 50% dos pedidos.
Em março, o BNDES desembolsou R$ 5,1 bilhões, queda de 18% em relação a igual período do ano passado, quando foram desembolsados R$ 6,2 bilhões.
O banco destaca, contudo, outros indicadores que denotariam melhora da economia, principalmente no que diz respeito a pedidos de crédito para o setor industrial e agrícola no médio e longo prazo.
As aprovações da linha Finame, que financia máquinas e equipamentos, subiram 32% no primeiro trimestre, frente aos três primeiros meses de 2016. Em valores absolutos, as aprovações da linha atingiram R$ 4,6 bilhões, contra R$ 3,4 bilhões em igual período do ano passado.
Já as consultas para financiamentos na área de infraestrutura cresceram 25% na mesma base de comparação e atingiram R$ 9,3 bilhões.
No setor de comércio e serviços, a alta verificada nas aprovações de crédito foi de 14% no trimestre, somando R$ 5,3 bilhões.
“As estatísticas operacionais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social no primeiro trimestre de 2017 reforçam a expectativa de melhora da atividade econômica, com recuperação gradual da demanda por recursos do BNDES ao longo do ano”, ressalta o banco em nota. (Folhapress)
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