12 de setembro de 2024
Paraná

Desembargador vota pela cassação de Sergio Moro em 4ª sessão e prolonga julgamento

O julgamento continuará para a obtenção de mais dois votos
De acordo com o Ministério Público, cerca de R$ 2 milhões do Fundo Partidário foram gastos com o evento de filiação de Moro ao Podemos. (Foto: reprodução)
De acordo com o Ministério Público, cerca de R$ 2 milhões do Fundo Partidário foram gastos com o evento de filiação de Moro ao Podemos. (Foto: reprodução)

O desembargador Julio Jacob Junior, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, emitiu seu voto a favor da cassação do senador Sergio Moro (União-PR), ex-juiz da Operação Lava Jato. A decisão foi proferida nesta terça-feira (9), prolongando o julgamento, que já está em sua 4ª sessão.

Com esse voto, o placar do julgamento agora está 3 a 2 contra a cassação de Sergio Moro. Até agora, os desembargadores Luciano Carrasco Falavinha Souza (relator), Claudia Cristina Cristofani e Guilherme Frederico Hernandes Denz votaram contra a cassação, enquanto o desembargador José Rodrigo Sade, junto a Junio, votaram a favor.

Jacob Junior justificou seu voto a favor da cassação, destacando que a pré-campanha de Moro envolveu despesas com voos de jato, equipe de segurança, impulsionamento em redes sociais e produção de vídeos promocionais, o que, segundo ele, violou a igualdade entre os pré-candidatos. O julgamento continuará para a obtenção de mais dois votos.

No final de 2021, Moro estava no Podemos e realizou atos de pré-candidatura à Presidência da República. Segundo a acusação, isso resultou em uma “vantagem indevida” para os outros concorrentes ao cargo de senador devido aos “altos investimentos financeiros” feitos antes de Moro deixar o partido e se candidatar ao Senado pelo União.

De acordo com o Ministério Público, cerca de R$ 2 milhões do Fundo Partidário foram gastos com o evento de filiação de Sergio Moro ao Podemos e com a contratação de produção de vídeos para sua promoção pessoal, além de consultorias eleitorais. O PL alegou gastos irregulares de aproximadamente R$ 7 milhões, enquanto o PT citou R$ 21 milhões.

A defesa de Moro defendeu a manutenção de seu mandato e negou irregularidades na pré-campanha. Segundo o advogado Gustavo Guedes, Moro não foi eleito no Paraná devido a uma suposta pré-campanha “mais intensa”, como alegam os partidos adversários.


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