Absolvido recentemente em decisão de segunda instância na Lava Jato, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto deve continuar preso, segundo determinação do TRF (Tribunal Regional Federal).
Nesta terça (4), o desembargador João Pedro Gebran Neto negou a liberdade ao ex-tesoureiro.
Sua defesa argumentava que, depois da absolvição, restava apenas um mandado de prisão preventiva contra Vaccari -e que ele seria uma “extensão” de prisão anterior, feita à época das investigações, em 2015.
Para o advogado Luiz Flávio Borges D’Urso, o mandado não encontra mais justificativa.
Gebran Neto, porém, entendeu que “os fatos de uma e outra ação não se confundem”, e que a absolvição de Vaccari “não desmerece” a ordem de prisão preventiva.
O desembargador citou decisão do juiz Sergio Moro, que afirmou que o ex-tesoureiro ocupava um “papel central” no esquema de corrupção na Petrobras e que promovia a “prática habitual” de crimes, inclusive no custeio ilegal de publicitários durante a campanha presidencial de 2010.
Vaccari foi condenado em outros quatro processos da Lava Jato, apesar da recente absolvição, e ainda é réu em mais três ações.
D’Urso, que defende Vaccari, afirmou em nota que a prisão é “absolutamente desnecessária, após mais de dois anos de encarceramento”, e que irá insistir na tese de que a prisão não pode subsistir.
A decisão de Gebran foi dada em caráter liminar, ou seja, é provisória.
O processo ainda será julgado, na sequência, pelos desembargadores da 8ª turma do tribunal. (Folhapress)
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