Na tarde desta segunda-feira (16) o presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), desembargador Leobino Valente Chaves, realizou uma reunião juntamente com as autoridades dos órgãos ligados à Segurança Pública do Estado para discutir a estrutura e a crise nos presídios brasileiros.
No encontro estavam 23 pessoas, sendo elas representantes do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás, Defensoria Pública e Secretária de Segurança Pública, são eles, o secretario geral da OAB, Jacó Coelho, vice-presidente da Defensoria Pública Geral do Estado, Delzira Meneses, o secretario interino de Segurança Pública, Edson Costa Araújo, representante do Núcleo de Inteligência, Dênis Bimbat, o desembargador Leobino Valente Chaves, entre outros.
A reunião foi motivada por um encontro com a ministra Cármen Lúcia, Presidente do Tribunal Federal, que ocorreu na quinta-feira (12). A ministra exigiu um esboço de todos os estados, afim de saber quantos presos existem nos sistemas prisionais, quais são provisórios e definitivos, que crimes cometeram, quais condições vivem e saber a população carcerária do Brasil.
Diante das exigências feitas pela ministra, o desembargador Leobino diz que serão implementados nos presídios, ideias que foram trazidas de Brasília. “O que se refere aos julgamentos daqueles processos relacionados aos presos que estão em situação de prisão provisória, esse é o primeiro passo, a partir disso, nós temos vários outros problemas a resolver e desenvolver, nós estamos agindo em etapas”, conta.
De acordo com desembargador, Goiás não tinha necessidade de um esforço concentrado, pois o sistema carcerário do estado é razoável. “De qualquer forma é preciso que seja feito, porque fazendo é possível detectar alguns pontos da situação que realmente não esteja absolutamente dentro dos prazos que devem ser cumpridos” completa.
“Tudo que é falho precisa ter mudança, só que como a situação vem acontecendo tem muito tempo, não se resolve em um estalo de dedos. Tudo que for preciso mudar nós vamos mudar, no entanto, Goiás está em situação bem melhor que vários outros estados. Goiás não tem grandes facções criminosas em conflito, isso já é um grande passo.
Para o secretário interino de Segurança Pública, Edson Costa a situação nos presídios de Goiás é diferente de outros estados. “Faremos tudo aquilo que nós pudermos, de forma legal. Gerar vagas dentro dos sistemas, melhorar o conforto e dar condições para que as operacionalidades funcionem melhor, com certeza isso nos ajudará com a prevenção e a não permitir que o tem acontecido em outros estados aconteça em Goiás”, ressalta.
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