Você já sentiu aquela frustração de ver uma planta linda começar a murchar do nada? O solo parece úmido, as folhas caem, e quando percebe… as raízes estão apodrecendo. Esse é um erro mais comum do que parece — e, na maioria das vezes, acontece simplesmente porque a rega foi feita na hora errada. Saber o momento certo de molhar suas plantas é o segredo para evitar o apodrecimento das raízes e garantir um crescimento saudável e vibrante.
O segredo está no relógio: o melhor horário para regar e evitar o apodrecimento das raízes
Regar não é apenas jogar água na terra — é um ato de observação. A umidade, a temperatura e a luz influenciam diretamente na forma como o solo se comporta. O melhor horário para regar e evitar o apodrecimento das raízes é logo nas primeiras horas da manhã, entre 6h e 9h. Nesse período, o sol ainda está suave, a temperatura é amena e a planta tem o dia inteiro para absorver a água antes que o excesso evapore.
À tarde, o calor intenso pode fazer a água evaporar rapidamente, reduzindo a eficiência da rega. E à noite, o cenário é ainda mais perigoso: o solo demora mais para secar, criando um ambiente perfeito para fungos e bactérias que causam o apodrecimento das raízes.
A importância do tipo de vaso e drenagem
Mesmo regando na hora certa, o problema pode persistir se o vaso não permitir a drenagem adequada. Vasos sem furos no fundo ou com substrato muito compacto retêm água em excesso, sufocando as raízes. O ideal é usar recipientes com boa saída de água e um substrato leve, com perlita, areia ou casca de pinus para garantir a oxigenação.
Uma dica prática é observar o peso do vaso: se estiver muito pesado mesmo dias após a rega, o solo pode estar encharcado. Nessas horas, o melhor é suspender a irrigação por alguns dias e verificar o estado das raízes.
Como identificar os primeiros sinais de apodrecimento
O apodrecimento das raízes raramente começa visível. Primeiro, as folhas mais baixas amarelam e caem. Depois, surge um cheiro desagradável vindo do vaso. Só então, ao retirar a planta, percebe-se o pior: raízes escuras, moles e com textura viscosa.
Quando isso acontece, o ideal é cortar as partes afetadas com uma tesoura esterilizada e replantar em um substrato seco e arejado. A planta pode demorar alguns dias para se recuperar, mas com paciência, ela volta a emitir novas raízes.
Frequência ideal de rega: menos é mais
Cada planta tem suas preferências, mas o erro mais comum é o excesso. A maioria das espécies domésticas prefere que o solo seque parcialmente entre uma rega e outra. Para testar, coloque o dedo no substrato até a segunda falange — se estiver seco, é hora de regar; se ainda estiver úmido, espere mais um pouco.
Durante o inverno, reduza a frequência de rega. O metabolismo das plantas desacelera e elas consomem menos água. Já no verão, dias mais longos e quentes exigem regas mais constantes, sempre no período da manhã.
Plantas mais sensíveis ao excesso de água
Algumas espécies, como suculentas, cactos, zamioculcas e sanseviérias, são campeãs em acumular água nas folhas e caules. Por isso, precisam de regas espaçadas. Outras, como samambaias, violetas e antúrios, gostam de solo úmido, mas não encharcado. Aprender as necessidades de cada planta é o caminho para evitar o temido apodrecimento das raízes.
Se tiver dúvidas, observe as folhas: se estiverem amareladas e moles, pode ser excesso de água; se estiverem secas e quebradiças, falta. Esse equilíbrio é o coração de uma jardinagem bem-sucedida.
Truques de jardineiros experientes
Um truque simples e eficiente é o uso de um borrifador para manter a umidade do ar sem encharcar o solo, especialmente em plantas tropicais. Outro é usar um pires com pedrinhas sob o vaso: ele retém a umidade sem deixar as raízes em contato direto com a água.
Quem cultiva em ambientes internos pode apostar em vasos autoirrigáveis ou sensores de umidade, que avisam quando é hora de regar. Essas pequenas tecnologias ajudam a manter o equilíbrio perfeito entre hidratação e drenagem.
O momento da reconexão
Mais do que uma tarefa, regar é um momento de conexão. É o instante em que você observa, sente e entende o ritmo da vida dentro do seu lar. Ao descobrir o melhor horário e respeitar o ciclo de cada planta, você não só evita o apodrecimento das raízes, mas também transforma a rotina em um gesto de cuidado e presença.
Cuidar das plantas é cuidar de si mesmo — e o segredo está, literalmente, no tempo certo.
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