Deputados estaduais retomaram as atividades no plenário da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (1). Os temas discutidos na reabertura dos trabalhos não foram tão polêmicos. No entanto, parlamentares entendem que a medida que for aproximando do processo eleitoral a tendência é que os ânimos fiquem mais acirrados.
Base Governista
Para deputados da base governista consultados pela reportagem do Diário de Goiás, em termos de projetos a tendência é que seja um período mais tranquilo, já que não estão previstos para serem analisados matérias que trazem desgastes, como foi a PEC do Teto de Gastos e outros temas de difícil discussão, como mais recentemente o Orçamento Impositivo.
Lincoln Tejota (PSD) avalia que o primeiro semestre foi bastante desgastante, mas que agora há um boa perspectiva por conta da agenda positiva que o governo vem tentando construir, por meio do programa Goiás na Frente.
“Eu penso que a perspectiva é de um semestre bem mais tranquilo, pois tudo que foi votado de mais polêmico, já ficou para trás, a expectativa é que tudo possa ir bem”, declarou.
Já Júlio da Retífica (PSDB) entende que o momento exige bastante atenção dos parlamentares, pois a todo instante o cidadão tem fiscalizado o trabalho dos deputados. Para ele o cidadão vai cobrar mais resultados, com a proximidade do processo eleitoral.
“Nós políticos somos testados e monitorados o tempo todo. As pessoas estão de olho em quem trabalham ou não. Tenho certeza que o povo está vigilante, e nas vésperas das eleições temos que nos dedicar mais, sem dúvida alguma”, argumento Júlio da Retífica.
O deputado Simeyzon Silveira analisa que a tendência até chegar próximo do processo eleitoral é que as discussões sejam mais calorosas e os ânimos fiquem mais exaltados entre os parlamentares.
“Eu acredito que o segundo semestre será mais tranquilo em relação as matérias, embora quanto mais próximo das eleições, mais acirrados ficam os ânimos. Já estamos praticamente em ano eleitoral, e deve ficar um pouco mais pegado”, declarou.
Oposição
O líder da bancada do PMDB na Assembleia Legislativa, José Nelto, destacou que a oposição continuará a fazer um trabalho duro de fiscalização dos atos do governo, mas necessário. Ele destacou que a base governista vem tentando construir o nome de José Éliton como candidato ao governo em 2018, e tem se aproveitado da agenda do Goiás na Frente.
“É um processo natural. Nós vamos acirrar os ânimos cobrando do governo, mostrando a verdade. Não vamos partir para ataques pessoais. Nosso trabalho tem conteúdo. Queremos desmoralizar este governo que envelheceu o poder e usando a máquina quer alavancar a candidatura de José Éliton”, afirmou Nelto.
Para a deputada estadual Adriana Accorsi, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) em Goiânia, o cenário nacional de crise política pode influenciar nas atividades políticas locais. A parlamentar avalia que é preciso estar atenta aos projetos para evitar a retirada de direitos dos trabalhadores.
“A nossa expectativa é de um cenário conturbado. Tanto no aspecto do contexto político que o país atravessa que influencia no estado e município, já que esta política absurda deste governo afeta a vida das pessoas. Nossa luta no Brasil é para derrubar o governo Temer. Em Goiás, a luta será pela manutenção e resistência do direito dos trabalhadores, com medidas que venham causar perdas para os trabalhadores”, declarou Adriana.
Curiosidade
Para se abrir uma sessão ordinária na Assembleia Legislativa de Goiás, há a necessidade de pelo menos 14 deputados terem registrado presença no painel eletrônico. O presidente da Casa em exercício, Manoel de Oliveira (PSDB) abriu a sessão quando tinha somente 13 deputados com presença registrada no painel.
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