07 de agosto de 2024
Acusação • atualizado em 02/03/2023 às 20:51

Deputados do PT protocolam representação criminal contra Bolsonaro por genocídio

O ex-presidente Bolsonaro e a ex-ministra Damares Alves são acusados de crime de genocídio contra os povos indígenas Yanomami
A desassistência sanitária a povos que vivem em território Yanomami leva Ministério da Saúde a declarar emergência. Foto: Divulgação/Ministério da Saúde
A desassistência sanitária a povos que vivem em território Yanomami leva Ministério da Saúde a declarar emergência. Foto: Divulgação/Ministério da Saúde

Uma representação criminal na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos e senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF), foi protocolada por quatro deputados federais do PT, no último domingo (22). A acusação é de suspeita de crime de genocídio contra os povos indígenas Yanomami.

Os deputados afirmam que a atitude de Bolsonaro contribuiu de maneira decisiva para a “contaminação dos rios (mercúrio) e, consequentemente, resultou nos impactos na alimentação (pesca) e nas condições de sanitárias (saúde) dos povos tradicionais que vivem e sobrevivem nas áreas onde não deveria haver garimpos, legais ou ilegais”.

Na representação, os deputados Alencar Santana (SP), Maria do Rosário (RS), Reginaldo Lopes (MG) e Zeca Dirceu (PR), defendem que esses gestores são “diretamente responsáveis, por ação ou omissão, pelas mortes e infortúnios vivenciados pelos povos Yanomami e outras comunidades indígenas e deverão ser qualificados e responsabilizados”.

Todos os ex-presidentes da Funai durante o governo Bolsonaro também assinaram a representação. O documento protocolado afirma que “crianças e adultos em situação de elevada subnutrição, cadavéricas, numa realidade que não deveria existir num país que ano após ano tem recordes na sua produção agrícola e alimenta diversas nações e povos”. De acordo com o texto, “a responsabilidade por essa tragédia é conhecida no Brasil e no mundo. Na verdade, além da omissão dolosa, o primeiro representado [Jair Bolsonaro] é diretamente responsável por autorizar, incentivar e proteger o garimpo ilegal nas terras indígenas Yanomami e em várias regiões da Amazônia”, acrescenta.

Com informações da Agência Brasil


Leia mais sobre: / / Política

Comentários