Estão em análise na Assembleia Legislativa de Goiás, dois projetos de lei relativos aos concursos das polícias: Civil e Militar. As matérias promovem alterações no plano de carreira das forças de seguranças e criados cargos específicos para os ingressantes. O salário inicial fica estabelecido em R$ 1,5 mil. Porém, por meio de gratificações e pagamentos de horas extras, entre outros benefícios, o valor pode ultrapassar R$ 3 mil.
Os projetos começaram a ser debatidos na Comissão Mista e a tendência é que as discussões sejam acaloradas em plenário. O governo pretende realizar concurso que visa à contratação de 2,5 mil policiais militares e 500 policiais civis.
O deputado estadual, Ernesto Roller (PMDB) não concorda com as alterações no plano de carreira das polícias e criação de cargos específicos. O parlamentar afirma que apresentará algumas emendas juntamente com outros colegas, com a pretensão de elevar o salário inicial.
“Quero apresentar uma emenda elevando para R$ 2,7 mil que era o salário base da PM quando o estabelecimento da lei de cargos e salários 16.899 de janeiro de 2010, que previa salário base de R$ 2,711 reais. Compreendo a realidade financeira do governo e ao mesmo tempo não prejudicando o policial”, argumenta o deputado que já foi secretário de Segurança Pública na gestão do ex-governador Alcides Rodrigues.
Já o líder do governo, José Vitti (PSDB), pensa diferente. Para ele o projeto é legal e não cria dificuldades na carreira dos policiais civis e militares. O parlamentar avalia que se o governo tivesse numa melhor situação financeira teria enviado um projeto com um salário mais alto.
“Não existe nenhuma chance de acatar as emendas da oposição. Tanto que é que o próprio governo teria feito. É uma medida emergencial, aprovada pela sociedade, tendo em vista a falta de policiais. Foi a saída encontrada para o momento”, afirmou.
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