Dois deputados do Rede Sustentabilidade, Ariel Machado (PR) e João Derly (SP), defenderam neste sábado (16), durante período em que se pronunciaram sobre o processo de pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgue o processo que pede a impugnação da chapa Dilma-Temer por irregularidades nas eleições de 2014. Com isso, defenderam também novo pleito presidencial.
Em relação ao impeachment, Ariel Machado informou que é contra o pedido e Derly, a favor. O terceiro deputado do partido a discursar, Alessandro Molon (RJ) também afirmou ser contra o impeachment. “Há fortes indícios, mostrados pela Operação Lava Jato, de que a campanha se beneficiou de dinheiro oriundo do ‘petrolão’”, disse Derly.
O deputado também criticou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), e o acusou de se valer do cargo para protelar o processo de cassação de seu mandado na Comissão de Ética. Por fim: “Os elementos jurídicos que permitem a admissibilidade do impeachment estão mais do que dados”, concluiu.
Ariel Machado iniciou o discurso dizendo que “o sistema político brasileiro está falido” e criticou o vice-presidente Michel Temer (PMDB). “Se esse governo, que foi eleito nas urnas, com todos os seus erros, não está sendo capaz de fazer as mudanças necessárias ao país, imagine um governo que não tem um voto”.
Com isso, Machado defende novo pleito. “Uma nova eleição neste momento é a única forma de trazer legitimidade a esse processo”, disse o deputado.
“Cada um pode desejar o que quiser, mas é inconstitucional usar esse Parlamento para dizer aqui se pode escolher se o governo pode ficar ou não. Se essa Casa pensa em aprovar o impeachment, ela desrespeita duas decisões: a decisão das urnas em 2014 e a decisão do povo brasileiro que escolheu o presidencialismo, e não o parlamentarismo, em 1993. Será um duplo desrespeito à cidadania brasileira”, afirmou Molon.
Com informações da Agência Brasil
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